X-MAN: PRIMEIRA CLASSE




Ao assisti-lo não pude deixar de me lembrar de assunto cíclico que sempre me ronda: O trauma, que “em grego significa ferida e que, quando não são sanadas, as pessoas se tornam monstros”. Ouvi esta frase no filme Ilha do medo (2010). 

O filme mostra a origem dos personagens mutantes e algumas coisas ficaram mais claras para mim. Lógico, que para quem já acompanha os X-MAN desde as revistas em quadrinho, minhas conclusões serão óbvias. Mas, é ao termino da história, comecei a pensar como é difícil não se entregar às magoas. 

Principalmente o Magneto, que na sua infância sofreu vários tipos de tortura e a mãe foi assassinada por nazistas. Seu alvo de vingança era um poderoso mutante. Magneto quis tanto se vingar, que acabou se tornando igual ao seu algoz. Isso é muito estranho, esse mecanismo da vingança de um se tornar a imagem e semelhança do outro. 

Comecei a ter outro olhar em relação a ele. Não é um vilão somente, mas uma pessoa ferida no corpo e na alma e que a acha a humanidade repugnante. Por isso, que crê que ao destruir os “ homens comuns”, protegerá os seus: os mutantes.

Charles Xavier quer a paz entre os homens e os mutantes. Tenta persuadir Magneto, todavia o ódio predomina. Rompem a amizade e a primeira classe é dividida entre os dois. 

Sinceramente, gostei muito mais da Primeira Classe em relação aos outros filmes do X-MAN. Acheis os personagens mais profundos e oblíquos, logo, mais reais. Inclusive, reafirmar que as pessoas comuns, quando são feridas, podem cometer atrocidades.  O torturado pode ser o carrasco em outra situação. Não precisar ser psicopata. 

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