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Mostrando postagens de 2013

Quando Partimos (Die Fremde, Alemanha, 2010)

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Acabei de assistir o filme Quando Partimos (Die Fremde, Alemanha, 2010). A história de uma jovem alemã com descendência turca e que foge com o filho para Alemanha, para escapar do marido violento em Istambul. Ela decide dar um basta nas agressões sofridas nela e no filho de cinco anos. Na minha visão ocidental, acho bárbara a submissão das mulheres, inclusive, nos países islâmicos. Mas será que estou sendo etnocêntrico? Pode até ser, mas essas sociedades calcadas na religião e na tradição servem como um escudo para os psicopatas e pessoas transtornadas a fazerem o que desejarem.  No filme, o marido da personagem se achava o dono dela e do filho, fazendo o que bem entendesse. A comunidade turca assinava embaixo, a mulher tem que ser obediente ao marido. Aqui no Brasil, várias mulheres ainda são mortas pelos namorados, maridos e noivos, porém, como o país é um estado laico, pelo menos, são julgados, condenados e presos( salvo os que têm muito dinheiro, ficam recorrend

A Consciência de Zeno de Italo Svevo, pseudônimo de Aron Hector Schmitz( 1925)

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Confesso que este livro estava anos na minha estante, abria-lo e depois o fechava. Então, lia outros livros que achavam mais interessantes. Agora em 2013, resolvi lê-lo e foi um achado bacana. Não me arrendo de não tê-lo lido antes, porque não estava pronto para ele. Só agora. O que achei mais interessante é que o romance mostra como escrever sobre si ajuda no autoconhecimento. Mesmo que se tente fugir disso muitas vezes. Inclusive o livro evidência como a gente é mal preparada para lidar com os sentimentos e, consequentemente, desenvolve-se doenças e dores físicas, sem motivos aparentes. Enfim, o corpo não é só máquina e sim alma. O romance começa com um prefácio que faz parte do romance, não é um texto introdutório de outro escritor sobre a obra. O Doutor S. diz que é psicanalista do protagonista Zeno que publica a biografia do paciente por vingança por ter abandonado o tratamento e que dividiria até os direitos autorais se voltasse ao tratamento. Em seguida, Zeno

contradição ambulante

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Fiz 35 anos, com corpinho de cinquenta e cinco e a cabeça de cinco... Enfim, uma contradição ambulante. Mas, gosto disso.

As intermitências da Morte — José Saramago

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"Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto" José Saramago Quando comecei a ler o livro, fui ao dicionário para saber o que é intermitência:  sf (intermitente+ia2) 1 Qualidade de intermitente; descontinuação. 2 Interrupção momentânea. 3 Interrupção numa série. 4 Intervalo em fenômenos periódicos. 5 Med Manifestação característica de certas febres ou outras doenças por acessos intervalados, fora dos quais o doente parece curado. 6 Fenômeno patológico caracterizado por haver, entre duas pulsações, um intervalo muito maior do que entre as outras; arritmia. Depois que aprendi uma palavra comecei a ler o romance que tem a mesma estrutura do Ensaia sobre a Cegueira, os personagens não tem nomes e a narrativa parece um ensaio, o qual mostra a prováveis experiências, sensações se o acontecimento se concretizasse. Em Intermitência o romance é panorâmico, mostrando vários casos sobre a ausência da morte. Divida-se em três blocos. Outro ponto bacana é que o narrador

Mãe

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Mãe coragem Mãe força Mãe justiça Mãe protetora Mãe mulher Mãe amor Enfim, todas as mães a mãe.

QUERO CRER ( pensamento escrito em 17/12/2008)

Sei que isto não é legal, mas desconfio de todos. Não sei se estão dizendo a verdade ou representando. Às vezes, pego-me a simular como um ator de quinta; na televisão, quando alguém levanta uma causa ou expõe sua via, fico ressabiado e indagando qual a vantagem que ele leva. Reafirmo, não quero pensar que as pessoas sempre estão com segundas intenções. A minha mãe sempre diz que há indivíduos que julgam todos ladrões, porque se respaldam em suas personalidades obscuras. Não quero ser assim, dá-me arrepios. Entretanto, ao observar a tv aberta, acho tudo tão espetaculosamente tosco e desumano que fica difícil acreditar na inocência e a generosidade da nossa sociedade.

Pedro J. Bondaczuk

Nada do que se impõe pela força prospera, dura e produz bons efeitos de longo prazo. Em princípio pode, até, parecer que é eficaz. Não passa, todavia, de ilusão. Educar não é impor, mas é, sobretudo, convencer, conquistar corações e mentes e persuadir. O educador que não tem isso em mente não está preparado para essa magna tarefa. Frank Clark constatou, com grande lucidez: “Pode-se levar uma eternidade para conquistar o espírito do homem pela persuasão, mas ainda assim é mais rápido do que conquistá-lo pela força”. Mais rápido e o único meio verdadeiramente eficaz. Se quem educa não tem argumentos para persuadir o educando da correção daquilo que quer transmitir, é porque não tem convicção a respeito. Em vez de educar, precisa ser educado. A força só tem alguma eficácia (e assim mesmo, em certos casos) para tarefas meramente braçais. No mais, é pura perda de tempo e de energia. E, sobretudo, de oportunidades. **** Pedro J. Bondaczuk , jornalista. Blog:  http://www.pbondaczu

Autoavaliação

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Autoavaliação como aspirante a escritor: Ideias 7,0 Coesão e coerência 3,5 estética do texto 3,5 ortografia 3,6 Concordância 3,0 Paciência 2,1 Força de vontade 8,0 *** Preciso melhorar, " vamo que vamo"...

Cenas de um casamento e Amor

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"Há bons casamentos, mas deliciosos não."Autor - La Rochefoucauld , François "Oprazer do amor é amar e sentirmo-nos mais felizes pela paixão que sentimos doque pela que inspiramos." Autor - La Rochefoucauld , François  Esses dois filmes me fizeram pesar sobre o casamento e o amor. Assisti Cenas de um Casamento de Ingmar Bergman e ouvi uma frase muito interessante dos personagens... " Somos analfabetos emocionais, nos ensinam matemática, fórmulas e modos de agricultura e não nos ensinam a compreender a alma humana.". Não sou cinéfilo, mas gosto da abordagem do personagem ao mostrar a obscuridade que existe nas pessoas e como elas tentam esconder, ficando na superfície e representando terem uma vida feliz. Lembrei-me de Persona do mesmo cineasta. Há dez anos Johan e Marianne são casados e aparentam possuir sucesso em suas carreiras. Com as duas filhas, eles levam uma vida confortável. Mas, na realidade, não vivem o verdadeiro sentime

Pedido de Natal

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COMO UM MANTRA

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A Violência nos estádios

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foto CARLOS MORAES/AGENCIA O DIA/REUTERS Concordo cada vez mais com o discurso que estamos vivendo numa sociedade com valores psicopatas. Quando assisti as cenas de violência, pensei que todos eram psicopatas. Exagerei, nem todos. Pode haver alguns que lideram a maioria ( um bando de gente sem cérebro) a cometer as barbaridades. Como os psiquiatras dizem, o psicopata é muito inteligente e sedutor. O que me assusta são esses valores que estão mais corriqueiros, tornando-se parte da cultura da nossa sociedade. Lembrei-me da palavra empatia: “sf (gr empátheia) Psicol Projeção imaginária ou mental de um estado subjetivo, quer afetivo, quer conato ou cognitivo, nos elementos de uma obra de arte ou de um objeto natural, de modo que estes parecem imbuídos dele. Na psicanálise, estado de espírito no qual uma pessoa se identifica com outra, presumindo sentir o que esta está sentindo.” ( Michaelis)  Se observarmos o comportamento no trânsito e no cotidiano, conclu

Nelson Mandela

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Imagem encontrada no google "Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Cultivei ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que espero viver para alcançar." Trecho de   "Estou preparado para morrer", defesa de Mandela no Julgamento deRivonia, em abril de 1964. Foi um grande pensador, porque ele usou a "educação branca", principalmente os ideais de liberdade que vinham desde a revolução francesa, e mesclou com o conhecimento local das aldeias africanas. Ele entre muitos fizeram isso para construir a identidade do povo negro da África do Sul, antes havia etnias com dialetos diferentes. Por isso, que havia uma minoria branca dominando a região, pois as tribos possuíam uma identidade própria e não tinham objetivos de se juntarem. A figura do Nelson Mandela foi fundamental para englobar as tribos e construir a identidade

NEUROSE

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É um assunto que não sai da minha cabeça. Comecei a pensar novamente sobre o tema, quando assisti a uma entrevista de uma crítica muito famosa de teatro. Então, na minha cabeça altamente neurótica, imaginei o que ela iria escrever sobre meus textos ou contos. Mesmo que seja hipoteticamente, a probabilidade de ler alguma coisa minha, principalmente, ler meus blogs é zero. Talvez um contato com um extraterrestre a possibilidade será muito maior. Comecei a sofrer e a falar mal a senhora crítica. Entretanto, percebi que a raiva que sentia era sem propósito.  Sempre fui assim, em adivinhar o passo das pessoas. Saber quando vai surgir a pancada. Foi uma forma de defesa que construí ao longo do tempo.  Muitas vezes, isso proporciona de me estressar por algo que nunca aconteceu. Uma vez, meu pai me contou a história do macaco, não o bicho e sim o instrumento para trocar pneus.  O enredo é mais ou menos assim, o pneu do carro fura e um cara procura uma oficina, então ao cam

Trecho O Jogo da amarelinha. Julio Cortázar

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Cada vez mais reforço a ideia que qualquer tipo de arte é fundamental para se compreender o mundo. Quando li este capítulo em O Jogo da amarelinha de Julio Cortázar tive o prazer de encontrar um tesouro, inclusive, por mostrar que para reviver o passado, a arte é fundamental. O passado já se foi, mas podemos revivê-lo através da nossa imaginação, que é alimentada por meio de um poema, conto, quadro, uma brincadeira infantil, como brincar com a chama de uma vela, ou o lúdico de um jogo de um jogo antigo. *** 105 Morelliana. Penso nos gestos esquecidos, nos muitos salamaleques e palavras dos nossos avós, pouco a pouco perdidos, não herdados, caídos um atrás do outro da árvore do tempo. Esta noite encontrei uma vela sobre a mesa e, para brincar, acendi-a e andei com ela pelo corredor. O ar causado pelo movimento ia apagá-la e, então, vi levantar-se sozinha a minha mão esquerda, abrigando e protegendo a chama como uma cortina viva que afastava o ar. Enquanto o fogo se en

Não acredito em propaganda

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“Toda propaganda tem que ser popular e acomodar-se à compreensão do menos inteligente dentre aqueles que pretende atingir.”   Adolf Hitler Realmente, perco a paciência de ver as propagandas de banco, em que aparecem prédios modernos, envidraçados, vazios e gerentes supersimpáticos, bem nutridos e que estão sempre disponíveis para atender ao cliente.  É muito discrepante da realidade em que vivo. Os bancos são muito cheios e os gerentes não podem resolver tudo. Por que as propagandas precisam sair tanto da nossa realidade? Tudo bem que os publicitários precisam vender imagem do produto que estão vendendo, mas prometer coisas impossíveis? Na realidade, o serviço é péssimo e quem leva a culpa são os funcionários que atendem aos clientes. Não acredito em propaganda. Fico desconfiado e tento prever onde será a facada. Todos nós ficamos decepcionados por acreditar numa propaganda bem bolada e depois ficar às turras, com quem oferece o produto de qualidade. *** Ao

PEQUENAS VITÓRIAS

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É óbvio que, ao longo da vida existe a competição, principalmente, para se conseguir posições melhores na sociedade. Não questionarei isso. Mas, quero ressaltar que a vida é feita de pequenas vitórias, também. Por exemplo, mesmo com vontade de ficar na cama... Acordar, se arrumar no sacrifício e vai trabalhar. Depois, chaga ao seu lar com sentimento de dever comprido. Para outra pessoa essa conquista pode ser irrelevante, mas para mim é muito gratificante. Outra pequena vitória minha, é que achei que nunca conseguiria digitar no celular e publicar nas redes sociais, está sendo meu desafio particular. Os pensamentos são mais rápidos que meus dedos.  Confesso que ainda estou devagar e erro, contudo estou tendo mais prática. Poxa vida! Fiquei feliz de conseguir manipular os teclados apertadinhos do celular. Está sendo meu desafio particular. Os pensamentos são mais rápidos que meus dedos. Enfim, acredito que se precisa valorizar as pequenas vitórias. Lógico não deixar

CONECTADO...( texto antigo)

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 com as gotas da chuva que escorrem na vidraça da janela o vento que baila com a vegetação as moscas que sobrevoam o lixo o casal que se beija na esquina as sombras dos prédios que se movimentam a partir da posição do sol a lua que se esconde através das nuvens uma cena marcante de um filme uma música que aparece de repente no rádio um olhar de um transeunte as estrelas do céu que não existem mais o brigadeiro que está no ponto um gavião que alimenta seus filhotes as ondas do mar que açoitam as rochas da encosta há milênios os rios que deságuam no mar

ANSIEDADE CÍCLICA

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Li uma crônica que escrevi há algum tempo e percebi muitos erros. Revisei, mas fiquei a pensar se realmente o trabalho do escritor é solitário, ou existem amigos do escritor que leem, corrigem os erros de ortografia e até as palavras truncadas. Ele pode até passar horas a desenvolver suas ideias e revisá-las várias vezes, mas será que não tem uma ajudinha? Nem preciso confessar  que quando pinta uma ideia, publico logo nas redes sociais. Depois, percebo as “atrocidades” que fiz com a língua portuguesa. Inclusive, já queimei meu filme com muita gente. Fiz até um conto que aborda meus medos de aspirante a escritor: Quando sonho que estou na noite de autógrafo do meu livro de contos e quando vou fazer a dedicatória, escrevo algo errado.  Aí, surge a fofoca que não sou eu que escrevi a obra e sim o Ghost-writer. Não quero ser uma fraude!!!! Preciso entender que preciso revisar meus textos, ninguém chegará para mim: “ Você é ótimo, deixa ajudá-lo a consertar  algumas coisas.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

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É muito importante para a construção da identidade dos negros, que se for analisar os dados estatísticos de qualidade de vida, social e econômico estão muito inferior em relação aos negros e ainda sofrem preconceitos raciais. Nos casos de morte violente, a quantidade de jovens negros é muito grande. Depois da abolição foram largados sem nenhum tipo de ajuda. Não direi que sinto o que sofrem, pois sum negro sabe o que é ser vítima de um preconceito racial. Nunca houve políticas públicas consistentes para melhorar a situação deles. Se parar para pensar na construção da identidade negra, quando os europeus os traficavam, não havia “negros” e sim diversas etnias que falavam diferentes dialetos; até, tribos rivais lutavam e a vencedora vendia a tribo perdedora. Logo, essa diversidade de povos foi se miscigenando, tornando-se a “ a raça negra”. Também, o importante ressaltar que os negros sempre lutaram contra a escravidão, fugiam para construírem os quilombos. Apesar,

REBELDE

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 Muitos compram a marca “ rebelde”, mas será que existe uma reflexão sobre o que é ser um?  Tenho a impressão que as ideologias estão a venda como produtos em vitrines e as pessoas compram como se fossem peças de roupa.   Recordo-me, então, de um conceito que ouvi outro dia: Kitsch , um conceito alemão, que é utilizado nos estudos de estética para apontar uma categoria de objetos vulgares, baratos, de mau gosto, sentimentais, que copiam referências da cultura erudita sem crítica e sem o a qualidade aos originais, destinando-se ao consumo de massa.  Outra a questão são os ideias da adolescência rebelde que se origina desde época dos filmes do James Dean , que mostra a tal da juventude transviada aos momentos de libertação sexual da década de 60 e 70 do século XX transformaram-se em objetos de consumo igualmente.   Por isso, para mim, a melhor maneira de ser rebelde não é tirar a camisa, falar palavrão, fazer cara de sexy, esbravejar, usar “uniformes”, mas desvendar o