Cenas de um casamento e Amor
"Oprazer do amor é amar e sentirmo-nos mais felizes pela paixão que sentimos doque pela que inspiramos."Autor - La Rochefoucauld , François
Esses
dois filmes me fizeram pesar sobre o casamento e o amor.
Assisti
Cenas de um Casamento de Ingmar Bergman e ouvi uma frase muito interessante dos
personagens... " Somos analfabetos emocionais, nos ensinam matemática,
fórmulas e modos de agricultura e não nos ensinam a compreender a alma
humana.". Não sou cinéfilo, mas gosto da abordagem do personagem ao mostrar
a obscuridade que existe nas pessoas e como elas tentam esconder, ficando na
superfície e representando terem uma vida feliz. Lembrei-me de Persona do mesmo
cineasta.
Há dez anos Johan e Marianne são casados e aparentam possuir sucesso em suas
carreiras. Com as duas filhas, eles levam uma vida confortável. Mas, na
realidade, não vivem o verdadeiro sentimento do casamente, parecem que brincam
de bonecas. Até que, um dia, Johan se separa de Marianne e o castelo de areia
se desfaz. Eles ainda se gostam, mas o cotidiano enfadonho e o desgaste de
desempenhar um bom papel de casal feliz perante aos outros corrói a relação deles.
O
filme é dividido por capítulos e teve um que me chamou a atenção. Marianne é
advogada e atendeu uma senhora que queria se divorciar, mesmo o marido sendo
bom com ela. O motivo de pedir o divórcio foi que nunca amou o esposo e nem
os filhos, apesar de desempenhar bem o papel de dona de casa e mãe.
Enfim,
é uma história que faz uma crítica a Instituição do casamente e como as pessoas
se prendem a aparência, não se importando com a própria individualidade. Levam
a vida como marionetes.
Ontem,
assisti Amor de Michael Haneke que narra a história de Georges (Jean-Louis Trintignant)
e Anne (Emmanuelle Riva) é um casal de aposentados, têm uma filha que vive com
a família fora do país. Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo
paralisado. O casal de idosos passa por dificuldades, que colocarão o seu amor à
prova.
Amor
é belo, mas não há sentimentalismo e nem uma trilha sonora que provoca choro.
Pelo contrário, não há música. Mostra a nudez e a crueza de uma
doença degenerativa. Mas, mesmo com a adversidade, o casal vive o verdadeiro
amor, o qual cabe todos os outros amores.
Na
verdade, Georges e Anne viveram a plenitude do casamento, passaram pela fase da
sedução, sexo, cotidiano, filho e a velhice. O amor entre eles foi se transformando
em amizade, fraternidade e maternal e paternal. Mesmo com a doença de Anne, Georges
continuava a amá-la. Eles eram um só.
Enfim,
os dois filmes servem como ótimas reflexões sobre como queremos viver e nos
relacionar. Dão um pequeno panorama sobre o casamento.
***
Segue as críticas para quem estiver interessado nos filmes:
Crítica aprofundada do filme Cenas de um Casamento http://www.rua.ufscar.br/site/?p=5608
Crítica de Amor: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-188067/criticas-adorocinema/
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