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Mostrando postagens de 2011

ANIVERSÁRIO

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Crédito da foto:  http://www.verruganagordura.com/wp-content/uploads/2011/11/vela-de-casamento-2.jpg Hoje, é meu aniversário e queria muito escrever alguma coisa. Confesso que fiquei sem inspiração e com receio de repetir ideias já abordadas em outros textos. Mas, tirarei leite de pedra. Preciso treinar a escrita. Aniversário é o abraço do passado e do futuro. Morremos e nascemos. Vejo-me com 33 anos e percebo que vivi vários ciclos. Fui várias pessoas vagando no mundo na busca de me encontrar. Cada uma representa um tijolo que constrói minha individualidade. Mesmo em épocas diferentes, o sentimento de comum de atravessar um labirinto particular persiste e ele fica mais forte quando meu aniversário chega. Início e fim se encontram e o outro eu continua a jornada do antigo. Sinto-me que vivi várias vidas.

AUTOCONTROLE

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Crédito da imagem:  http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Olho-de-Gato/ De repente sinto uma ira do mundo. Vejo-me uma força destruidora. Quando estou deste jeito, preciso escrever ou inventar algum vídeo. Canalizar esta raiva em algo terapêutico. Não quero ser Tsunami. Sou forte o bastante para me controlar, principalmente meu lado sombrio. Esta crônica não deixa de ser um grito, não tem qualidade literária. É explosão de emoções e pensamentos. Às vezes, sinto-me cansado de me domar. Mas, sei que para viver a liberdade, preciso ter controle de mim mesmo. Pois, ser levado pelos impulsos, irei me transformar num escravo dos instintos. Meus pais sempre falam de equilíbrio e como odeio esta palavra. Quero extirpá-la do dicionário. Porém, preciso dela para conseguir me salvar. Respirar fundo ajuda a  pensar sobre o remorso que terei ao destruir a vida dos outros, refreia-me. Sou livre por aprender a controlar meus instintos e delírios.
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SER RIDÍCULO

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Tenho o direito de ser ridículo. Enganar-me ou me expor. Principalmente, nos meus espaços virtuais. Fiz até um vídeo sore o assunto, mas resolvi escrever para exercitar meu lado aspirante a cronista. Por esses dias, tomei uma atitude que jurei nunca mais fazer. Antigamente, enviava textos por e-mails para jornais e isso foi um mico terrível, já que eles eram verdes para a publicação. Não tive resposta. Agora, mandei uma história para um site de humor e com certeza acontecerá a mesma coisa. Percebo que quando viajo na maionese nesses devaneios de ser escritor ou artista, descarrego toda minha ansiedade e quando retorno, estou sereno para viver o cotidiano. Por isso, não terei vergonha de ser ridículo. É uma forma de me autoconhecer, administrando minhas fantasias e obrigações.

BOM SENSO

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Imagem retirada na Internet Há tempos atrás li uma matéria que entrevistas vários humoristas de diferentes gerações. A pergunta principal era qual o limite para piada? E ponto em comum entre eles foi o bom senso. Confesso que nunca entendi muito bem o que é bom senso. Sempre achei seu significado subjetivo demais. Então, fui fazer uma pesquisa rápida na internet. É um conceito utilizado no raciocínio ligado aos princípios de sabedoria e de razoabilidade, e que determina a competência média a qual um indivíduo possui tem de adaptar normas e costumes às determinadas realidades, podendo fazer bons julgamentos e escolhas. Não deixa de ser uma forma de "filosofar" espontânea do homem comum, também chamada de "filosofia de vida", que conjetura certa capacidade de organização e independência de quem pondera o conhecimento de vida cotidiana. Diferente do senso comum, que é um conjunto de crenças e proposições que aparecem como normal, sem estar amarrado numa averigu

CISNE NEGRO

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Assisti CISNE NEGRO , que é um tipo de filme que faz a gente pensar depois do término da sessão. A história do filme é de uma jovem bailarina dedicada que almeja o papel de destaque no balé O Lago dos Cisnes , que narra a história da princesa Odette que é enfeitiçada por um bruxo malvado, transformando-a em cisne branco. Com o tempo, ela se apaixona pelo príncipe, que depois se envolve com a linda filha do bruxo Odile, vestida de negro e com a aparência idêntica à de Odette. O Príncipe fica enfeitiçado pela beleza e sensualidade de Odile e se apaixona. Logo, a nova jura de amor anula a promessa feita à Odette que permanecerá para sempre presa ao feiticeiro. O príncipe percebe o engano, mas é tarde demais e Odete se joga do precipício, encontrando a paz. A história do filme faz uma analogia com este balé. Principalmente, na questão do antagonismo das imagens. Odette e Odile são idênticas, mas ao mesmo tempo opostas. Nina, a protagonista, é u

ESPELHOS

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Acabei de ler Esaú e Jacó de Machado de Assis. É um livro misterioso, pois a narrativa machadiana, não é novidade para ninguém é oblíqua. É um autor conciso e foge da corrente literária naturalista, vigente na época. No seu penúltimo romance, Machado de Assis arquiteta uma nova forma de narrar e proporciona uma alegoria dos conflitos políticos brasileiros do seu tempo por meio da história de dois gêmeos incompatíveis. O enredo de Esaú e Jacó centra-se na história dos gêmeos Pedro e Paulo. Suas disputas, são iniciadas no útero materno, estendendo-se por toda a vida. Seus temperamentos são opostos: Paulo é republicano e Pedro monarquista. O que os une é a mãe, depois Flora, que ama dos dois e morre doente por não conseguir escolher. Machado de Assis se utiliza de referências bíblicas para mostrar que os gêmeos são rivais, não por disputas de políticas, dinheiro e amores. Mas, há elementos míticos e místicos ancestrais que impulsionem a rivalidade entre eles. Há questão do jogo de

OUTRO DIA NO CARRO...

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 Eu, minha irmã e prima estávamos conversando sobre se o meio interfere ou não na vida do indivíduo. O tema é complexo e, a meu ver, nós somos formados cinquenta por cento do meio e a outra metade pelo nosso temperamento. Existem as combinações de fatos que podem contribuir para os caminhos que cada um leva.  Observamos até na família, os pais criam os filhos iguais, mas são completamente diferentes na essência. Por isso, não deve generalizar demais. Cada caso é um caso. Por exemplo, há ocorrências de pessoas paupérrimas que conseguiram se dar bem na vida pelo próprio esforço, não roubaram e nem mataram. Recentemente sei de um caso que um mendigo passou no concurso do Banco do Brasil. Porém, se formos utilizar estes exemplos como paradigmas de verdade absolutos, chegaremos à conclusão que vivemos numa sociedade ideal. Para que melhorar a educação, a saúde e distribuir renda se são o indivíduo tem o poder de mudar sua vida sozinho?  Logo, esta super valorização do indivíduo é mu

EU TE AMO, CARA( Nova versão de uma crônica)

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O que achei mais interessante no filme é a mudança de foco, ao invés do romance, tema batido nas comédias românticas, o roteiro narra a história de um homem que sempre se concentrou nas relações amorosas e com isso não criou laços de amizade. Ele não tem amigos e este fato virou um problema, quando estava prestes a se casar e não tinha ninguém para ser seu padrinho. Portanto, começa a sair com vários caras a fim encontrar um amigo-padrinho. O filme tem todas as situações clássicas e bizarras de comédia, mas existe certa originalidade ao protagonizar a busca pela amizade, que é tão quanto importante que a busca pelo amor. Logo, comecei a me lembrar de casos de algumas pessoas que valorizam em demasia o amor romântico ou o de amizade. Por exemplos, homens que sentem atração por mulheres, mas gostam de passar a maior parte do tempo com os amigos e mulheres que acontecem a mesma coisa. Sentem o desejo do sexo oposto, mas acham chato ficar o tempo todo ao lado dos parceiros amorosos.

TRAVESSIA

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Crédito da foto:  http://meublogcafecomcanela.blogspot.com/2011/04/blog-post_15.html Lembro-me que escrevi uma vez: “Tenho um twitter. E aí? A ausência de significado impera.”. Hoje, uso muitas vezes o twitter para escrever microconto ou divulgar algum vídeo ou um texto mais longo que produzi. Sempre que entro numa rede social, sinto estes sentimentos de vazio e estranhamente. Por que quer participas desta rede? Qual minha proposta? O que farei? Entrei numa nova mídia social que compartilha vídeos e tenho as mesmas impressões quando ingressei no Orkut, Facebook, Twitter e Youtube. Não sei o que fazer e quais são minhas pretensões? Não quero encher o saco das pessoas e ficar adicionado um monte de gente para divulgar meu “ trabalho”. Sinto-me mal, quando vejo fotos de pessoas que nunca troquei uma palavra, tenho a impressão de ver espectros. Estou chegando à conclusão que entro numa mídia ou rede social, para buscar um feedback. Sempre tive ideias e nunca houve oportunidad
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Cronica que escrevi sobre o livro:  http://cronicas-ideias.blogspot.com/2010/12/o-livro-do-desassossego-de-fernando.html
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EM MIM

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A história da humanidade está em mim. No simples ato do cotidiano, manifestam-se conhecimentos antigos. Não deixo de ser um museu ambulante. Entretanto, a história não se revela conscientemente e sim no inconsciente. 

A TRÉGUA DE MARIO BENEDETTI( 1960). Editora: L&Pm, 2008. (CRÔNICA ANTIGA 20/11/2008)

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Depois que li o livro, comecei a refletir sobre a palavra trégua. Procurei no dicionário, por perceber que só tinha em meus pensamentos só um significado desta palavra, como um período de paz entre as guerras. sf (gót trigwa) 1 Suspensão temporária de armas e hostilidades; armistício (mais usado no plural). 2 Cessação temporária de trabalho, dor, incômodo ou desgraça; descanso. 3 Interrupção. 4 Férias. Não dar tréguas: não dar um momento de descanso. Pôr tréguas a: interromper. (Michaelis) A história é de um senhor que por alguns momentos, foge do cotidiano maçante para viver um amor com uma mulher mais jovem. Experimenta o desejo e a ternura em simbiose, marcando sua vida “ medíocre”. Publicado em 1960, o romance é o mais respeitável construção narrativa do escritor e está no hall das obras-primas da literatura latino-americana a partir da década de 60 do século XX. A estrutura da narrativa possui a forma de diário, que mostra ótica pessimista e irônica do protagonista em relaçã

ZELADOR DE MIM

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Termina minhas férias. Estou contente e triste ao mesmo tempo. Mas, sei que preciso trabalhar para fincar os pés. Preciso de responsabilidades. Ao mesmo tempo, gostei de ter o tempo livre para inventar meus vídeos e contos. Acordarei na quinta-feira feliz e reencontrarei meus colegas de trabalho, que são pessoas boas e honestas. Quero viver bem e não ser “reclamão”, mesmo que seja difícil me acostumar novamente a acordar cedo. Sinto falta do meu cotidiano de trabalho, é tão bom chegar a minha casa, depois de um dia no serviço. Lógico, que há os aborrecimentos e dias que quero sumir no mundo. Entretanto, buscar maturidade e enfrentar os problemas me torna mais maduro. O ano está acabando e preciso pensar na vida. Tenho mais de trinta anos e trabalhar no que gosto já é impossível. Mas, gosto de viver e administrarei meus fracassos. Possuo uma família tão legal e que me apoia em tudo, isso é minha maior riqueza. Como disse uma vez, serei zelador de mim e organizarei vitórias e de

ESVAZIAMENTO( crônica antiga)

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Conto de Clarice Lispector narra a história de uma amizade e sua deterioração. O conto narra, em primeira pessoa, a história de dois amigos que se separam sem que haja uma briga ou traição. Separam-se simplesmente por não mais haver afinidade e pelo empobrecimento da relação entre eles. Contudo, ainda se gostam. Mostra que a amizade precisa ser cultivada, não sendo necessária apenas a presença física, mas, a proximidade existencial para manter o relacionamento. Destaquei alguns trechos importantes que explicam o título (Esvaziamento): “Já nesse tempo apareceram os primeiros sinais de perturbação entre nós. Às vezes um telefonema, encontrávamos-nos, e nada mais tínhamos a dizer .” (pág. 77) “... Que rebuliço de alma. Radiantes arrumávamos nossos livros e discos, preparávamos um ambiente perfeito para a amizade. Depois de tudo pronto, eis-nos dentro de casa de braços abanando, mudos, cheios de apenas amizade.” ( pág.78) “ Se ao menos pudéssemos prestar favores um pelo outro. Mas ne

AUTOCRÍTICA NÃO SIGNIFICA AUTODESTRUIÇÃO

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Crédito da imagem:  http://blogs.jovempan.uol.com.br/carreira/cuidado-com-a-autocritica/ Terminei a leitura do livro Triângulo das Águas de Caio Fernando de Abreu e ao ler o primeiro parágrafo da apresentação do escritor sobre a obra, comecei a pensar como posso me transformar ao longo do tempo: “ Sempre é terrível para um escritor revisar seu próprio texto. Escrito às vezes num jorro de emoção, sem interrupções nem autocrítica, muitos anos depois, corre-se o risco de rejeitar o filho crescido, independente, talvez feio, deformado. Perdão e amor, então são os únicos sentimentos capazes de atenuar a crítica que, inevitavelmente impiedosa, não deverá jamais ser estéril ou esterilizante.” Este trecho pode-se transferir para vida. Quantas vezes, olhamos fotos, trabalhos ou ideias antigas e nos consideramos estranho àquelas coisas que parecem ser de outra pessoa.   Aponto falhas em escritos e fotos minhas, que não conseguia enxergar anos atrás. Com o passar do tempo, a autocrític

POR ESSES DIAS

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Crédito da imagem:  http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/microcontos-na-era-do-twitter Estou tentando fazer micronarrativos utilizando 140 caracteres do espaço do twitter. Na verdade, almejo fazer nanacontos, mas muitos tweets que produzo não tem estrutura de conto, o qual narra uma história, diferente de uma frase e citação. Alguns deram certos e outros não, ficaram truncados e incompreensíveis. Inclusive, as pessoas devem me considerar dois de escrever um monte de coisas no twitter, apagar e publicar de novo várias vezes. É que eu testava para ver se o texto cabia no espaço de 140 caracteres. Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é um gênero de conto bastante pequeno, e seu desenvolvimento se associa ao minimalismo. O miniconto é distinto de um "conto pequeno". No miniconto o fundamental é sugerir, proporcionado a quem for ler o compromisso de desvendar que está por de trás das entrelinhas.  Pois, este gênero sugere algo mais, que não está escrito, mas subl

Nelson de Oliveira - Entrelinhas 16/10/2011 ( OUTROS OLHARES)

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Crédito na imagem:  http://www.leoni.com.br/post.php?titulo=dia-do-silencio-por-karine-nunes CALAR-SE NÃO É COVARDIA Quis escrever sobre um assunto e fazer um vídeo, mas percebi que estava por fora do contexto. Resolvi deletar o texto e não filmar. É preferível pesquisar o tema e amadurecer meus argumentos a falar um monte de asneiras. Calar-se não é covardia, pode ser um ato de sabedoria, principalmente hoje em dia, em que todos querem propagar opiniões a toda hora. Apaguei o texto e confesso que tive pena. Estava prontinho. Porém, o que adianta postar nas redes sociais um monte de bobagens e ideias desconexas. Só para dizer que tenho opinião. Muitas vezes, não tenho nenhuma. Fico quieto no mar de pessoas que gritam seus pontos de vista. Preciso de tempo para assimilar e construir meus pensamentos. Também, não desejo reproduzir notícias de jornais só para dizer que sou informado. Tenho ambição de ser um indivíduo que nunca será manipulado por pessoas que dominam o discurso e a o
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Tentativa de Crônica mencionada: http://cronicas-ideias.blogspot.com/2011/06/quem-e-diadorim.html Um conto que fiz com mesmo tema:  http://dudv-descarrego.blogspot.com/2011/03/prefacio.html

O PRIMEIRO PEDAÇO DO BOLO

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O vídeo a seguir é engraçado, apesar dos palavrões. Mas, ele me fez refletir como não podemos esperar muito dos outros.  Muitos consideram o humor como um gênero inferior. Entretanto, este estilo nos leva também a reflexão sobre nossa sociedade. Quem nunca pensou algo, quando viu um filme de Charles Chaplin?  Recordo que aprendi, em algum lugar, que a figura do bobo da corte divertia o rei em épocas passadas. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e conduzia as festas. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao rei e achincalhava a corte. Com ironia mostrava as duas facetas da realidade, revelando “ os podres do rei”. Era geralmente um indivíduo de grotesca figura - corcunda ou anão.  Mesmo que o bobo da corte não exista mais, os comediantes contemporâneos exercem esta função na sociedade. Quantas vezes me percebi ridículo quando um humorista fala sobre um assunto do cotidiano, que nem tinha me dado conta. Concordo que o humor está agressivo, mas nossa sociedade and

ALGUNS APONTAMENTOS

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Crédito na imagem:  http://pensandogrande.com.br/a-etica-nas-empresas/ A corrupção é inerente do ser humano, mas o grande problema é quando ela se infiltra na cultura, tornando-se costume legitimada. Percebemos isso ao longo da História do Brasil e nos últimos acontecimentos. Não só os políticos que precisam mudar de atitudes, mas os cidadãos também. O que adianta marchar contra a corrupção, se chaga no outro lado da esquina, avança o sinal ou aplica o famoso e degenerado “jeitinho” brasileiro. Dei um exemplo, não generalizo, entretanto, colocar a culpa exclusivamente nos políticos não resolve a situação, já que muitos que criticam, usam o mesmo remédio. O que falta é uma discussão sobre a ética e a moral. A pirataria, subornar as autoridades para abrir estabelecimentos ou casas em lugares inapropriados e os graves abusos no trânsito são resultados da fata de conscientização das pessoas. Recordo-me que, uma vez, escrevi uma crônica sobre a pirataria e meu argumento central foi que
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Neste vídeo, fiz um paralelo entre O Balão Vermelho de Albert Lamorisse e A FITA BRANCA(2009). Os dois vídeos são completamente diferentes, o primeiro aborda a fantasia infantil e o segundo é mais brutal. Entretanto mostram como a sociedade pode ser opressora e cruel.

A FITA BRANCA(2009)

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Numa aldeia no norte da Alemanha habitam as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). Um acidente estranho com o médico (Rainer Bock), que cavalo tropeça em um arame afiado, desperta uma desconfiança entre os moradores, fazendo que haja a busca pelos responsáveis. Outros eventos acontecem, levantando um clima de desconfiança. O filme não revela de cara os culpados, os expectadores precisam presta a atenção nas cenas e nas interpretações sugestivas dos atores. Quando acabei de assistir o filme, pensei como o ser humano inventa regras e ao mesmo tempo tenta burlá-las. Somos bicho, não nos podemos esquecer-nos disto. Na aldeia, a moralidade é severa, principalmente com as crianças, que, ao longo da película, mostram-se dissimuladas e vingativas. Logo, as longas cenas do campo, das plantações, dos riachos, das crianças brincando e as idas dos habitantes ao culto da igreja tornam-se uma serenidade aparente, que esconde uma cultura do m