A FITA BRANCA(2009)

cartaz de A Fita Branca


Numa aldeia no norte da Alemanha habitam as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). Um acidente estranho com o médico (Rainer Bock), que cavalo tropeça em um arame afiado, desperta uma desconfiança entre os moradores, fazendo que haja a busca pelos responsáveis. Outros eventos acontecem, levantando um clima de desconfiança.
O filme não revela de cara os culpados, os expectadores precisam presta a atenção nas cenas e nas interpretações sugestivas dos atores.

Quando acabei de assistir o filme, pensei como o ser humano inventa regras e ao mesmo tempo tenta burlá-las. Somos bicho, não nos podemos esquecer-nos disto. Na aldeia, a moralidade é severa, principalmente com as crianças, que, ao longo da película, mostram-se dissimuladas e vingativas.

Logo, as longas cenas do campo, das plantações, dos riachos, das crianças brincando e as idas dos habitantes ao culto da igreja tornam-se uma serenidade aparente, que esconde uma cultura do medo, perversidades e hipocrisias.

O título do filme “A FITA BRANCA” vem do costume do pastor do vilarejo colocar fitas brancas nos filhos, para que nunca se esqueçam de ser puros e não serem contaminados por desejos pecaminosos”.
Tive a impressão que os moradores do vilarejo eram cúmplices e sabia quem estava por de trás dos atos de violência gratuita, mas preferiam ficar calados para não desestruturar a paz das recatadas famílias de bem.

O diretor do filme A FITA BRANCA é o mesmo de Caché(2005), no qual aborda os mesmos temas como a intolerância, a violência e a cultura do medo. Assisti este também.

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