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Mostrando postagens de 2019

Você, série do Netflix

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FRUSTRAÇÕES

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O filme Vestígios do dia( minhas impressões)

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Está Tudo Certo, Netflix ( Algumas Impressões)

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O pai contra a mãe, conto de Machado de Assis

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"Pai Contra Mãe" é um conto escrito por Machado de Assis e publicado no livro Relíquias da Casa Velha. Escrito cerca de dezoito anos após o fim da escravidão no Brasil, é o único conto do livro que trata explicitamente do tema. Os críticos o colocam na segunda fase do autor, em que há tendências realistas. "  Machado de Assis - Pai contra mãe   http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/11-textos-dos-autores/793-machado-de-assis-pai-contra-mae Causa Secreta( assunto relacionado) https://youtu.be/POEY_VeVnBA

Causa Secreta, conto de Machado de Assis

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"A Causa Secreta é um conto escrito por Machado de Assis, publicado originalmente em 1885 na Gazeta de Notícias e agrupado em 1896  na sua obra intitulada Várias Histórias [2] fazendo parte da quinta coleção de contos que foi levada ao público.  É tido como um de seus clássicos mais sombrios , e também um dos que caracterizam o extremo do mal na natureza e na sociedade. " Link: A causa secreta - Parte II    https://www.youtube.com/watch?v=aUh0gM6HgZc

Não quero ser NÃO VIVO

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Quando eu parei de perguntar e a ficar no automático? Repetir palavras e esquecer seus significados?   O que é advérbio? Conjunção nominal e verbal? Sujeito? Predicado? Raiz quadrada? Comensalismo? Parlamentarismo? Tudo que aprendi na escola, só restam lembranças desbotadas e truncadas.  Tinha tantas curiosidades e aspirações... Hoje, passo a maior parte do tempo no celular e, quando percebo, estou atravessando a madrugada. Fico puto, preciso dormir cedo, para ficar bem no trabalho. Porém, sinto-me incomodado de continuar autômato. Não quero ser um vivo morto que só paga boletos e não ter a capacidade de sonhar, além, de não possuir dúvidas. Preciso urgentemente de um dilúvio de pontos de interrogação, percebo-me ressequido. Necessito desvendar coisas novas e redescobrir o que penso já saber.

O OUTRO

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Sinopse do filme: "Ramón Fonseca (Antonio Banderas) e Jürgen Mossack (Gary Oldman) comandam um escritório de advocacia sediado na Cidade do Panamá, de onde gerenciam dezenas de empresas. Eles participam de todo tipo de fraude, sempre dispostos a faturar mais. Um dos casos envolve o pagamento da indenização a Ellen Martin (Meryl Streep), após seu marido Joe (James Cromwell) falecer devido a um acidente de barco. Sem receber a quantia prometida, ela decide investigar por conta própria a empresa que está lhe dando calote." Não faço crítica, só comento... Links: https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criticas/criticas-de-filmes/2019/10/critica-a-lavanderia https://cinemacomrapadura.com.br/criticas/563407/critica-a-lavanderia-netflix-2019-estados-unidos-da-hipocrisia/

Liberdade ou segurança?

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Uns preferem gostar da fragilidade da liberdade, sem medo do que pode acontecer. Vivem sem amarras. Outros escolhem a segurança, pois, como viver, sem garantias básicas para se expressar e caminhar pela rua.  Aí, entro num dilema, será que posso ser livre, sem precisar dos outros? Eles não precisam me reconhecer como um ser, o qual tem direito de liberdade?  Se não existir o pacto de que " minha liberdade termina, quando a sua começa", como conseguirei ser livre? O que é ser livre? O que é ter segurança? Não há só uma definição, pelo contrário, há várias e fico perdido.   Trabalhar por conta própria é uma forma de se libertar do " sistema"? Se ficar doente ou velho? A quem recorrerá? É empreendedor, de fato, ou vítima da precarização do trabalho? Por outro lado, o empregado de carteira assinada possui mais ou menos direitos trabalhistas, porém, quando perde trabalho e não encontra outro, fica à deriva.  Quem está err
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Essas duas séries produzidas pela Netflix refletem questões atuais de nossa sociedade, apesar de contextos diferentes. Fiz um filme sobre A ONDA, quem quiser veja https://www.youtube.com/watch?v=9NpY3A_FcU8&feature=youtu.be

Algumas questões que sempre retornam na minha cabeça...

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Mãe Só Há Uma

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"Pierre descobre que sua família não é biológica quando a polícia prende sua mãe. Confuso, ele vai atrás de seus parentes verdadeiros, que o chamam de Felipe, e a nova realidade faz com que o rapaz encontre finalmente sua real identidade." Direção: Anna Muylaert

Por que gosto da novela Betty, a Feia?

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Comecei a pensar sobre isso, quando vi no Netflix, a nova versão da novela, produzida pelo mundo "Betty a feia, em nova York". Então, começarei a fazer algumas suposições... Mesmo sendo uma novela com elementos clássicos de uma telenovela, uma mocinha ingênua, de bom coração se a apaixona pelo galã e, ao longo da novela, ela o conquista. Detalhe, não se pode esquecer que a características das mocinhas é transar por amor, só gozam amando um só homem.  A vilã que a maltrata o tempo todo, junto com os outros vilões. Seu amado não a protege, no início, é omisso e a jovem chora noventa e nove por cento da trama. Apesar dos elementos tradicionais, a novela possui valores contemporâneos. A protagonista é feia, a pressão estética é muito maior na mulher do que no homem. Por exemplo, nos jornais, os ancoras masculinos podem envelhecer perante as câmeras, enquanto as ancoras femininas são afastadas e substituídas pelas mais novas.   Além, da personagem almejar

Memória Cheia

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Tempo de Transcendência... O ser humano como um Projeto Infinito de Leornardo Boff

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A PAIXÃO SEGUNDO GH de Clarice Lispector, IMPRESSÕES

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Li este livro há anos e resolvi revisitá-lo novamente. Confesso que é uma coisa estranha para mim e, talvez, não consiga escrever sobre ele. Não é romance tradicional de contar uma história, pelo contrário, a narrativa provoca sensações,  as quais não são muito vividas, principalmente para quem vive na superfície da realidade humana e das máscaras sociais. A viagem transcendental da personagem acontece quando ela encontra uma barata e a mata. A partir daí, a personagem-narrador adentra num mundo inumano, ao ver a massa sair de dentro do inseto. Percebe o vivo se despindo de seu olhar humanizado, chegando até prová-la literalmente com intuito de se transmutar. Há diversas resenhas sobre o romance na Internet, a proposta da crônica é mostrar a narrativa me influência na travessia da buscar da minha individualidade. Não sou só humano, existe, em mim, o inumano ancestral. Para eu ser completo, não posso só ficar na zona de conforto do mundo humano e atuando no meu pa

Moralismo, artifício do mágico e censura na bienal

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MOMENTO REFLEXÃO, ROMANTIZAÇÃO E ESCATOLOGIA

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De um tempo para cá, percebo uma mania estranha em mim. Quando ouço uma música bonita ou que gosto e me dá vontade de ir ao banheiro, seguro ou dou stop, pois, não quero estragar a “magia do momento”. Por que tomo esta atitude tão peculiar? Lembro-me que desde criança, imaginava-me num filme e novela e que as músicas do meu gosto eram trilhas sonoras. Então, cagar ou mijar ouvindo melodias tão belas era um jeito de estragar a harmonia entre mim e as canções. Realmente, a ficção é mais previsível que a realidade, um turbilhão caótico. A primeira, sempre me atraiu mais. Adorava me projetar nos protagonistas de filmes ou novelas que andavam em belas paisagens e ao fundo uma trilha sonora de cortar o fôlego.     Porém, não quero mais romantizar ou idealizar, desejo viver a realidade; cagar e mijar fazem parte da vida. Não vou me prender a esta mania, pelo contrário, vou me libertar dela. Ouvirei milhas músicas no banheiro SIM, defecando, cagando e soando o nariz. Chega de fre

Eu no meu momento coach... Só que não😎

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Amazônia, perigo real

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Correr atrás de seus sonhos e limitações

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Assim é a vida

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ALIENAR-SE

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ALIENAR-SE UM POUCO Quem nunca? Desligou um pouco? Entrou no casulo? Viajou ao seu próprio mundo? Descansou e se curou das feridas e seguiu adiante? A vida é um turbilhão e se precisa de pausas. Portanto, alienar-se temporariamente,  É uma forma de saúde mental.

Máscaras

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Reflexões sobre o que pensam da gente...

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Não estou louca, filme chileno de 2018

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Melancolia no domingo

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Direito à Preguiça de Paul Lafargue

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Comprei este livro nos tempos idos de Faculdade e deixei na minha estante por anos. Um dia, resolvi lê-lo novamente. A obra é um panfleto revolucionário que questiona a valorização do trabalho e demonização da preguiça. A edição que eu tenho é da Editora HUCITEC, UNESP e Introdução de Marilena Chaui. Paul Lafargue foi um revolucionário jornalista socialista franco-cubano, escritor e ativista político. Ele foi genro de Karl Marx, casando-se com sua segunda filha Laura.  Neste panfleto, o autor criticou os valores burgueses e protestantes que colocam o trabalho como benção e a preguiça como degradação. Justamente, fez referência aos filósofos antigos da Grécia que argumentavam o contrário. Presavam o tempo livre para pensar e viajar na imaginação. Lafargue considerava errado o proletariado reivindicar por trabalho, pelo contrário, deve-se exigir direito ao tempo livre.   “ Sabe-se, hoje, que Lafargue pensara, inicialmente, em intitular seu panfleto como Direito ao lazer e, dep

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Nise da Silveira

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Impressões sobre o conto Teoria do Medalhão de Machado de Assis

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Temporada

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Um filme realista com uma abordagem mais sutil. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/01/filme-temporada-retrata-de-forma-sutil-cotidiano-de-mulheres-negras-da-periferia.shtml

SER LIVRE OU SER OBEDIÊNCIA

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Você é livre? Faz realmente o que gosta? Sabe quem é você?   Ser livre é perceber não se pode fazer tudo o que deseja, mas ter a consciência de qual caminho seguir. Precisa ter autonomia para pensar sobre as atitudes tomadas.  Ser livre com disciplina é o grande desafio dos tempos atuais, além, de ser muito mais cansativa que a obediência. Não precisa pensar sozinho e responsabiliza os outros por suas atitudes: “Eu só estava fazendo meu trabalho, não tenho culpa de nada”.  A obediência é uma zona de conforto, que nos livra da dor de pensar de como somos equivocados e frágeis. A História possui vários casos assim.   O que prefere, a travessia árdua da liberdade ou o caminho mais fácil da obediência?

A MARCA DA PANTERA(1982), Videocassete, Lembranças de Infância

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Não quero resenhar o filme . Mas, como ele se insere nas minhas lembranças de infância. Recordo-me que estava na casa de uma tia e todos estavam em volta de uma aparato tecnológico, qual era uma novidade: o videocassete. Nos meados dos anos 80, até se juntava dólares para comprar o aparelho. A marca da pantera, um outro de paranormais que explodiam cérebros e certa história de vermes na neve foram os primeiros filmes que assisti pelo videocassete. Lembro-me que fiquei mais encantado com a “ novidade tecnólogica” que os filmes. Mesmo com quarenta anos, esta lembrança ainda está forte em mim. Por volta de 1989, outra tia juntou dólares para comprar um videocassete. Pela primeira vez, toquei em notas de dólares. Na ocasião, nem sabia o valor desta nota estrangeira, fiquei admirado com a limpeza e a textura da nota. Diferente das notas nacionais da época, que era finas e feias.  Ela alugava para mim desenhos e fitas de séries japonesas como Changeman. Nos anos

Eu sou racista?

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MUSEU NACIONAL VIVE-ARQUEOLOGIA DO RESGATE

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Depois, de ver a exposição comecei a pensar que RESISTIR é manter a esperança viva com a intenção de reconstruir as memórias e a História. Por eras, museus, obras de artes e bibliotecas foram devastadas por tragédias e guerras absurdas. Mesmo assim, heróis anônimos trabalhavam como formiguinhas, reconstruindo ou resgatando fragmentos seculares ou milenares para preencher lacunas. A partir daí, formam-se outras narrativas históricas. Admito que estava triste com as notícias de sucatear ainda mais a Educação, já que a Sociologia, Filosofia e outros cursos de humanas não são “rentáveis” para o povo. Senhor presidente, todos os conhecimentos são importantes! O desenvolvimento de um pensamento reflexivo ajuda na formação de cidadãos éticos. Porém, ao ver os esforços de anônimos para manter os artefatos seculares e milenares e o Museu Nacional vivos, percebi-me feliz. Além, de ver várias pessoas circularem na exposição, curiosas em compreender outros saberes. Ainda há

Ideologias

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Bolsonaro decreta fim das faculdades de Filosofia e Sociologia: “Objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato..." h ttps://www.revistaforum.com.br/bolsonaro-decreta-fim-das-faculdades-de-filosofia-e-sociologia-objetivo-e-focar-em-areas-que-gerem-retorno-imediato/?fbclid=IwAR01IQ4oj_hi Sobre a pedagogia tecnicista https://www.grupoescolar.com/pesquisa/pedagogia-tecnicista.html https://www.educabrasil.com.br/pedagogia-tecnicista/

O cidadão Ilustre(2016)

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Algumas questões que tive depois de assistir ao filme... Qual a diferença da celebridade e do artista? Você gosta de um determinado artista pala sua obra em si ou porque todo mundo diz que é bacana e você não quer ficar por fora? O papel do artista é questionar ou só fazer poses para fotos? Será que há uma necessidade de distinguir a celebridade a do artista?

SE EU FECHAR OS OLHOS AGORA DE EDNEY SILVESTRE

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Dois meninos encontram um corpo de uma jovem e este fato se transforma num ripo de passagem para vida adulta. A moça assassinada entra em seus imaginários, que constroem uma visão lúdica e erótica ao mesmo tempo.   Para contrastar a imaginação dos meninos, o velho aposentado descrente do mundo é o lado do realismo do que acontece na cidade interior em vivem. Os desmandos de uma elite escravocrata que se travestem de moderno. A narrativa da história é fluída e entra nos pensamentos dos personagens, mostrando seus conflitos e de como o cadáver da moça que se chamava Anita os assombrou. A epígrafe do livro resume a essência da história : “Os mortos não ficam onde estão enterrados” John Berger, Aqui nos encontramos. Anita vira uma personagem nas lembranças dos garotos e do velho. Outro ponto positivo do romance foi a capacidade do autor inserir os elementos históricos no enredo sem ficar didaticamente chato. Em 1961, quando o romance se passa. O Brasil sofre transformação

Minha ignorância e esta ideia de se fazer por si mesmo...

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O DUPLO de Dostoiévski (1846)

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O protagonista Yákov Pietrópovitch Golyádkin vive à beira do abismo. Sente-se esquecido e menosprezado por todos. Além, de ter a absoluta certeza que possui inimigos por toda a parte. Ao longo da narrativa, o leitor se depara com suas angústias e delírios que mostram como o personagem é frágil em relação à sociedade em que vive. Aliás, um fato irônico que o narrador usa a palavra herói para mencionar Golyádkin. Ele não representa literalmente um herói, pelo contrário, é fraco mentalmente e fisicamente e não tem forças suficientes para enfrentar seus inimigos. Portanto, o protagonista se aproxima com nossa realidade. Por exemplo, será que somos livres? Quem nunca se sentiu oprimido por todo mundo? O “herói” do romance está mais perto do homem comum que precisa lidar com as neuroses e angústias para poder sobrevier o dia-a-dia. De repente, para piorar a situação de Golyádkin aparece um indivíduo igual a ele, o qual é muito mais popular no trabalho e que começa a ganhar esp

"Neguim" e “Neguinho”

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O assunto, o qual quero abordar, não é nada original. Com certeza, existem bastante informações sobre ele. Mesmo assim, gosto de rever meus conceitos e, inclusive, sair do comportamento autômato. Se eu estiver dizendo o algo evidente, desculpem-me. Refletir sobre o óbvio é importante para sair da mesmice da velha opinião sobre o mundo. Conscientemente tento não ser um indivíduo preconceituoso. Mas, percebo-me praticando atitudes e pensamentos retrógrados que até fico assustado comigo mesmo.  Já tirei do meu vocabulário a palavra denegrir¹. Muitos consideram preconceituosa, uma vez que se relaciona a cor mais escura, como se fosse suja. Outro exemplo, dizer " vala com a água negra", quem definiu que a pureza está no branco e translúcido e o negro, na sujeira? Apesar que as palavras são polissêmicas ² e não há um significado específico, contudo, se incomoda muitas pessoas, por que insistirei? De repente, posso utilizar outra palavra que defina a mesma situa

O galã de Artur Azevedo

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Nós – Evgueny Zamiatin( 1924)

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Já pensou em viver numa sociedade em que todos vivessem em casas de vidro, sem privacidade ? Sem ter o direito da privacidade individual? Ou habitar um mundo, onde não há nomes e que as pessoas são chamadas por números? Além disso, subjugado por um Estado Único, o qual proíbe qualquer coisa que saia do pragmatismo e a racionalidade? Osso duro de roer não é mesmo? Tudo isso acontece no romance distópico Nós, que inspirou George Orwell a escrever 1984.  O personagem principal D-503, era um engenheiro e construtor da “Integral”, uma máquina que viajar pelo espaço num curto espaço. Mas, D-503 manteve um diário,    inclusive, para compartilhar sua vivência com os outros povos quando fosse viajar, na nave. Porém, ao encontrar   I-330, ele experimentou sensações que nunca sentiu.   A partir desse momento, suas reflexões antes racionais, pragmáticas e coerentes,   começaram   a ficar delirantes ao longo da história. “ Mas , felizmente, entre mim e o oceano verde erguia-s

DE CIMA PARA BAIXO DE ARTUR AZEVEDO

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Remexendo nas minhas coisas, encontrei um livro de   contos   de Artur   Azevedo, que foram escritos e publicados durante   os últimos anos   do   século   XIX   e   os primeiros do século   XX. Aí, teve  um conto  que me  chamou a  atenção de  primeira e, depois de ler, fiquei perplexo  pela atualidade da  história:  De Cima   para   Baixo . O enredo começa assim, o ministro chegou bastante irritado por causa de um erro, o qual   causou   uma   situação desconfortável com   o imperador. Ele descontou   no diretor geral,   que   praticou a mesma coisa   com   se   subalterno...   Resumindo,   provocou uma reação em cadeia. Os   que consideravam   acima   da   hierarquia,   extravasava   nos   inferiores até   chegar   ao servente e   como não tinha ninguém   para descontar,   chutou seu cachorro. O bicho   pagou   “pelo   servente,   pelo   contínuo,   pelo amanuense,   pelo   chefe da seção,   pelo diretor-geral   e   pelo ministro!...” Não tem como negar que a