Adulto, mas
ainda um menino medroso. Está perdido, anda freneticamente pelas ruas e
galerias para encontrar algo que não sabe o que é. Quer sair do país, afastando-se
da família e que encontrará felicidade em outras terras. Olha um homem sem
braço que o espera na calçada, anda depressa o outro acompanha. O jovem corre,
o senhor mantém o pique, porém, consegue escapar por enquanto do pai maldito,
que foi embora sem saber dele. Através da revelação de um segredo de família
descobre que não foi bem assim, foram as circunstancias que o fizeram ir para
longe. O menino medroso cresce, agora é um homem que caminha junto com o pai sem
braço pela rua.
A Menor Mulher do Mundo de Clarice Lispector
Gosto muito de contos, não pelo motivo de serem curtos. Uma boa narrativa curta através da síntese mostra um pensamento ou um fato até então desconhecido. Neste conto de Clarice mostra como uma notícia da descoberta de uma mulher pigmeu e grávida foi repercutida nas famílias e pelo pesquisador que a descobriu. Ao longo da narrativa, os assuntos sobre o amor, a felicidade e a solidariedade são questionadas. Principalmente, o que é o certo ou errado. No primeiro momento todos a consideravam um brinquedo, uma pobre coitada, um animal ou uma descoberta científica. O conto não deixa de fazer uma crítica a nossa sociedade, onde nos consideramos pessoas evoluídas e “caridosas” em relação. A sempre dialética ente a Civilização(eu) X a Barbarie (o outro). “Há um velho equívoco sobre a palavra amor, e, se muitos filhos nascem desse equívoco, tantos outros perderam o único instante de nascer apenas por causa de uma suscetibilidade que exige que seja de mim, de mim! que se g...
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