NECESSIDADE FISIOLÓGICA
Concordo que tudo na vida precisa-se de regras, principalmente quando escrevemos uma redação ou uma crônica. As normas gramaticais não podem der transgredidas, pois haverá interferências na comunicação.
Não me importo de me corrigirem. Aprendo e tento não errar mais. Entretanto, reprovo totalmente o escárnio que muitos fazem quando observam um equívoco. Por exemplo, sempre são mostradas listas de “gafes” cometidos no vestibular e todos riem desbragadamente, fazendo piadas a respeito.
Isso não ajuda em nada. Por muitos anos fiquei bloqueado, tinha medo de errar. As ideias vinham, mas me sentia incapaz de concretiza-las em texto. Recordo-me de um coordenador que riu da minha cara, porque cometi um erro grosseiro ( “difício”). Realmente é inaceitável para um pré-vestibulando, porém como coordenador pedagógico poderia ter me orientado melhor, indicando-me livros...
Não quero me fazer de vítima, dizendo que sou da geração da televisão ( 70 e 80). Há escritores mais novos que possuem vasta bagagem cultural e publicaram até livros. Iniciaram na literatura desde a tenra idade e outros têm a genialidade para o ofício. Quanto a mim, comecei mais de vinte anos e, ao longo do tempo, percebi como tenho déficits adquiridos pelos anos de indiferença a tudo. Na minha adolescência sofri de uma apatia terrível, não gostava de nada e achava que não tinha capacidade.
Mas, agora, sei que escrever, para mim, é o mesmo que uma necessidade fisiológica. Continuarei a praticá-lo mesmo com os erros básicos ( uma vez no trabalho da faculdade, ao invés de escrever voz, coloquei “vos”.); persistirei. Buscarei novas leituras e treinarei nos meus blogs, onde constantemente republico os posts quantas vezes quiser.
Por isso, podem comentar e criticar à vontade. Tenho mais de trinta anos e tenho que aprender a filtrar o que é bom do ruim. Não vou mais me trancar.
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