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Mostrando postagens de outubro, 2011

ESVAZIAMENTO( crônica antiga)

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Conto de Clarice Lispector narra a história de uma amizade e sua deterioração. O conto narra, em primeira pessoa, a história de dois amigos que se separam sem que haja uma briga ou traição. Separam-se simplesmente por não mais haver afinidade e pelo empobrecimento da relação entre eles. Contudo, ainda se gostam. Mostra que a amizade precisa ser cultivada, não sendo necessária apenas a presença física, mas, a proximidade existencial para manter o relacionamento. Destaquei alguns trechos importantes que explicam o título (Esvaziamento): “Já nesse tempo apareceram os primeiros sinais de perturbação entre nós. Às vezes um telefonema, encontrávamos-nos, e nada mais tínhamos a dizer .” (pág. 77) “... Que rebuliço de alma. Radiantes arrumávamos nossos livros e discos, preparávamos um ambiente perfeito para a amizade. Depois de tudo pronto, eis-nos dentro de casa de braços abanando, mudos, cheios de apenas amizade.” ( pág.78) “ Se ao menos pudéssemos prestar favores um pelo outro. Mas ne

AUTOCRÍTICA NÃO SIGNIFICA AUTODESTRUIÇÃO

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Crédito da imagem:  http://blogs.jovempan.uol.com.br/carreira/cuidado-com-a-autocritica/ Terminei a leitura do livro Triângulo das Águas de Caio Fernando de Abreu e ao ler o primeiro parágrafo da apresentação do escritor sobre a obra, comecei a pensar como posso me transformar ao longo do tempo: “ Sempre é terrível para um escritor revisar seu próprio texto. Escrito às vezes num jorro de emoção, sem interrupções nem autocrítica, muitos anos depois, corre-se o risco de rejeitar o filho crescido, independente, talvez feio, deformado. Perdão e amor, então são os únicos sentimentos capazes de atenuar a crítica que, inevitavelmente impiedosa, não deverá jamais ser estéril ou esterilizante.” Este trecho pode-se transferir para vida. Quantas vezes, olhamos fotos, trabalhos ou ideias antigas e nos consideramos estranho àquelas coisas que parecem ser de outra pessoa.   Aponto falhas em escritos e fotos minhas, que não conseguia enxergar anos atrás. Com o passar do tempo, a autocrític

POR ESSES DIAS

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Crédito da imagem:  http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/microcontos-na-era-do-twitter Estou tentando fazer micronarrativos utilizando 140 caracteres do espaço do twitter. Na verdade, almejo fazer nanacontos, mas muitos tweets que produzo não tem estrutura de conto, o qual narra uma história, diferente de uma frase e citação. Alguns deram certos e outros não, ficaram truncados e incompreensíveis. Inclusive, as pessoas devem me considerar dois de escrever um monte de coisas no twitter, apagar e publicar de novo várias vezes. É que eu testava para ver se o texto cabia no espaço de 140 caracteres. Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é um gênero de conto bastante pequeno, e seu desenvolvimento se associa ao minimalismo. O miniconto é distinto de um "conto pequeno". No miniconto o fundamental é sugerir, proporcionado a quem for ler o compromisso de desvendar que está por de trás das entrelinhas.  Pois, este gênero sugere algo mais, que não está escrito, mas subl

Nelson de Oliveira - Entrelinhas 16/10/2011 ( OUTROS OLHARES)

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Crédito na imagem:  http://www.leoni.com.br/post.php?titulo=dia-do-silencio-por-karine-nunes CALAR-SE NÃO É COVARDIA Quis escrever sobre um assunto e fazer um vídeo, mas percebi que estava por fora do contexto. Resolvi deletar o texto e não filmar. É preferível pesquisar o tema e amadurecer meus argumentos a falar um monte de asneiras. Calar-se não é covardia, pode ser um ato de sabedoria, principalmente hoje em dia, em que todos querem propagar opiniões a toda hora. Apaguei o texto e confesso que tive pena. Estava prontinho. Porém, o que adianta postar nas redes sociais um monte de bobagens e ideias desconexas. Só para dizer que tenho opinião. Muitas vezes, não tenho nenhuma. Fico quieto no mar de pessoas que gritam seus pontos de vista. Preciso de tempo para assimilar e construir meus pensamentos. Também, não desejo reproduzir notícias de jornais só para dizer que sou informado. Tenho ambição de ser um indivíduo que nunca será manipulado por pessoas que dominam o discurso e a o
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Tentativa de Crônica mencionada: http://cronicas-ideias.blogspot.com/2011/06/quem-e-diadorim.html Um conto que fiz com mesmo tema:  http://dudv-descarrego.blogspot.com/2011/03/prefacio.html

O PRIMEIRO PEDAÇO DO BOLO

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O vídeo a seguir é engraçado, apesar dos palavrões. Mas, ele me fez refletir como não podemos esperar muito dos outros.  Muitos consideram o humor como um gênero inferior. Entretanto, este estilo nos leva também a reflexão sobre nossa sociedade. Quem nunca pensou algo, quando viu um filme de Charles Chaplin?  Recordo que aprendi, em algum lugar, que a figura do bobo da corte divertia o rei em épocas passadas. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e conduzia as festas. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao rei e achincalhava a corte. Com ironia mostrava as duas facetas da realidade, revelando “ os podres do rei”. Era geralmente um indivíduo de grotesca figura - corcunda ou anão.  Mesmo que o bobo da corte não exista mais, os comediantes contemporâneos exercem esta função na sociedade. Quantas vezes me percebi ridículo quando um humorista fala sobre um assunto do cotidiano, que nem tinha me dado conta. Concordo que o humor está agressivo, mas nossa sociedade and

ALGUNS APONTAMENTOS

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Crédito na imagem:  http://pensandogrande.com.br/a-etica-nas-empresas/ A corrupção é inerente do ser humano, mas o grande problema é quando ela se infiltra na cultura, tornando-se costume legitimada. Percebemos isso ao longo da História do Brasil e nos últimos acontecimentos. Não só os políticos que precisam mudar de atitudes, mas os cidadãos também. O que adianta marchar contra a corrupção, se chaga no outro lado da esquina, avança o sinal ou aplica o famoso e degenerado “jeitinho” brasileiro. Dei um exemplo, não generalizo, entretanto, colocar a culpa exclusivamente nos políticos não resolve a situação, já que muitos que criticam, usam o mesmo remédio. O que falta é uma discussão sobre a ética e a moral. A pirataria, subornar as autoridades para abrir estabelecimentos ou casas em lugares inapropriados e os graves abusos no trânsito são resultados da fata de conscientização das pessoas. Recordo-me que, uma vez, escrevi uma crônica sobre a pirataria e meu argumento central foi que
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Neste vídeo, fiz um paralelo entre O Balão Vermelho de Albert Lamorisse e A FITA BRANCA(2009). Os dois vídeos são completamente diferentes, o primeiro aborda a fantasia infantil e o segundo é mais brutal. Entretanto mostram como a sociedade pode ser opressora e cruel.

A FITA BRANCA(2009)

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Numa aldeia no norte da Alemanha habitam as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). Um acidente estranho com o médico (Rainer Bock), que cavalo tropeça em um arame afiado, desperta uma desconfiança entre os moradores, fazendo que haja a busca pelos responsáveis. Outros eventos acontecem, levantando um clima de desconfiança. O filme não revela de cara os culpados, os expectadores precisam presta a atenção nas cenas e nas interpretações sugestivas dos atores. Quando acabei de assistir o filme, pensei como o ser humano inventa regras e ao mesmo tempo tenta burlá-las. Somos bicho, não nos podemos esquecer-nos disto. Na aldeia, a moralidade é severa, principalmente com as crianças, que, ao longo da película, mostram-se dissimuladas e vingativas. Logo, as longas cenas do campo, das plantações, dos riachos, das crianças brincando e as idas dos habitantes ao culto da igreja tornam-se uma serenidade aparente, que esconde uma cultura do m

MUNDOS PARALELOS

O conto A trama celeste do escritor Adolfo Bioy Casares narra as aventuras do Capitão Morris, quando sofre um acidente de avião e se encontra numa outra Argentina. Apesar das semelhanças de seu país de origem, ruas e dados históricos são distintos. Pessoas de seu convívio não o reconhecem e outras nem existem. A mensagem do conto é que há vários mundos paralelos. Só quero abordar esta questão. O que seria pior? Ser transportado para um mundo completamente diferente do seu, por exemplo, na época dos dinossauros ou a um lugar parecido, no qual se viveu a vida inteira? Imaginei estar em outro Brasil, que existisse meus pais e irmãos, mas neste lugar eles não me veem da família, por nunca terem me conhecido. A dor que sentiria ao me olharem com indiferença. Em muitas ocasiões o semelhante nos dá a ilusão que podemos pertencer a ele, por isso é mais cruel do que o choque do completamente oposto, que é abrupto e, em relação ao espaço similar, é menos traumático.  A gente se torna mais prud

O Balão Vermelho de Albert Lamorisse

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No facebook muitas pessoas estão colocando fotos de personagens de desenhos ou histórias infantis. Quis participar e me lembrei  de um filme que assisti adulto e me fez reviver a fantasia da infância.  O Balão Vermelho de Albert Lamorisse   , que narra a história de um garoto sozinho nas ruas de Paris, que encontra um balão vermelho amarrado a um poste de iluminação. Ao soltar o balão, ganha sua amizade, que passa a segui-lo  por Paris, por bondes, escolas, becos e avenidas. Professores e amigos tentam tirar o balão do garoto, mas eles fogem e aprontam, brincam de esconder, inventam planos para ludibriar todo mundo. O filme, pois mostra como na nossa sociedade pune as pessoas sensíveis e imaginativas. A criança e o balão, apesar da grande amizade, irritavam as outras crianças. Já presenciei e ouvi muitos casos assim de a pessoa ser à margem e ser completamente discriminada. O diferente sempre incomoda, porque desarruma o ideal imposto pelo mundo dito normal. É o tipo da história

CRÔNICA ANTIGA

Pelo twitter fiquei sabendo de um incêndio no Parque da Catacumba no Rio de Janeiro. O acidente pode ter sido provocado por um balão. No momento, não se pode julgar se foi realmente um balão. Como soube a notícia em tempo real pelo twitter, não há no momento provas concretas. Porém, o suposto incêndio provocado por balão levou-me a pensar sobre a modernidade e as culturas tradicionais. Mesmo vivendo numa metrópolis, onde existem nomes estrangeiros espalhados por todo canto, há manifestações que resistem ao tempo e que provocam tragédias no espaço urbano. A cidade do Rio de Janeiro cresceu espremida entre as montanhas e o mar, em consequência deste fato, a mata atlântica foi quase extinta. Além dos ricos de acontecer desastres com aviões ou helicópteros. O ritual de fazer um balão ao longo das décadas é uma herança cultural que se contrapões com os novos pensamentos e a lei. A eterna dialética do antigo e o nove. Como solucionar isto? Intensificar ainda mais programas educativos? Fis

MÍDIA SOCIAL

Encontrei um site bacana, que fala de mídias sociais. Para quem se interessar: http://www.midiasocial.com.br/home/default.asp

OUTROS OLHARES

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TWEETS

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Contraditório 1: Não sou engraçado e quero fazer graça. Contraditório 2: Ao mesmo tempo que quero ficar anônimo divulgo meus blogs e vlogs como as Casas Bahia. Contraditório 3: Ouço boys boys boys da Sabrina a Vivaldi - Inverno (Largo) de As quatro estações

A Menor Mulher do Mundo de Clarice Lispector

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Gosto muito de contos, não pelo motivo de serem curtos. Uma boa narrativa curta através da síntese mostra um pensamento ou um fato até então desconhecido. Neste conto de Clarice mostra como uma notícia da descoberta de uma mulher pigmeu e grávida foi repercutida nas famílias e pelo pesquisador que a descobriu. Ao longo da narrativa, os assuntos sobre o amor, a felicidade e a solidariedade são questionadas. Principalmente, o que é o certo ou errado. No primeiro momento todos a consideravam um brinquedo, uma pobre coitada, um animal  ou uma descoberta científica. O conto não deixa de fazer uma crítica a nossa sociedade, onde nos consideramos pessoas evoluídas e “caridosas” em relação.  A sempre dialética ente a Civilização(eu) X a Barbarie (o outro).  “Há um velho equívoco sobre a palavra amor, e, se muitos filhos nascem desse equívoco, tantos outros perderam o único instante de nascer apenas por causa de uma suscetibilidade que exige que seja de mim, de mim! que se goste, e não de
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O texto mencionado: http://cronicas-ideias.blogspot.com/2011/07/diferencas-de-classes-e-redes-sociais.html
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Como quero melhorar a escrita, vou escrever os motivos que me levaram a fazer este vídeo. O objetivo é discutir sobre o estereótipo construído dos vlogueiros e as pessoas que fazem vídeo para Youtube.  Estou percebendo, ao longo do tempo, que esses indivíduos são tachados como exibicionistas, os quais só querem virar celebridades. Porém, não é bem assim. Há várias pessoas que almejam debater ideias e exercitar a democracia. Também, fazem vídeos ou vlogs, como forma de desabafo e revelar coisas do cotidiano, usando como diário. No Youtube existe uma diversidade de objetivos e projetos. Não se pode rotular. Ouça primeiro o que o outro tem a dizer, para depois tirar suas conclusões. Entretanto, na prática, é impossível compreender o diverso - uno do universo.  Precisamos recortar e optar caminhos, mas não podemos achar que nossas escolhas e pontos de vistas são os componentes da verdade absoluta.  
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Quem me indicou:   http://www.youtube.com/watch?v=HsBUdi7qnEI ***** A DUPLA VIDA DE VÉRONIQUE http://www.cinereporter.com.br/criticas/dupla-vida-de-veronique-a/ A ostra e o vento: http://www.meucinemabrasileiro.com/filmes/ostra-e-vento/ostra-e-vento.asp O CÉU QUE NOS PROTEGE http://www.65anosdecinema.pro.br/914-O_CEU_QUE_NOS_PROTEGE_(1990)  Onde vive os monstros http://omelete.uol.com.br/cinema/critica-onde-vivem-os-monstros/ A Garota Ideal  http://omelete.uol.com.br/cinema/a-garota-ideal/

TRIÂNGULO DAS ÁGUAS DE CAIO FERNANDO ABREU

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Crédito da foto:  http://www.submarino.com.br/produto/1/121380/triangulo%20das%20aguas “ Gostaria que o livro fosse lido e sentido assim. Como murmúrio do rio, um suspiro do lago ou um gemido do mar” ( O autor) O livro é composto por três novelas . “““Dodecaedro” reúne o inconsciente e o caos de Peixes; “O marinheiro” trata da capacidade redentora atribuída a Escorpião e que pode surgir da destruição de nossas redes de proteções; “Pela noite” fala da busca pela afetividade maternal perdida, a paz de Câncer.”. É uma viagem pelos sentimentos, a busca pelo afeto. Como diz o autor: “ Todo o livro, percebi aos poucos, estruturava-se sobre a simbologia da água: a emoção.” . Os personagens são criaturas da noite esfomeadas,  que  quanto mais provam, a fome pelo prazer aumenta. Buscam a felicidade e encontrar um lugar no mundo, onde há intolerância e hipocrisia. Triâ ngulo das águas é uma viagem aos recantos profundos do ser. Quem vive só na superfície, não terá estrutura para ler a ob

“ O nosso cérebro não é moderno”

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  Fonte da foto: Revista Época Li uma entrevista na revista Época que me fez pensar como o ser humano não é perfeito como nosso ego, muitas vezes pensa. Nossa genialidade está na imperfeição e na tentativa de superá-las. O título da matéria: “ O nosso cérebro não é moderno”* , já evidencia a ideia de que " o cérebro é uma máquina perfeita" está equivocada,  apesar de sua estrutura complexa. O entrevistado é Dean Buonomano, doutor de neurociência pela Universidade do Texas. Escreveu o livro “ O cérebro imperfeito- Como as limitações do cérebro condicionam nossas vidas.” “O cérebro humano é um conjunto de 100 bilhões de neurônios e 100 trilhões de conexões entre eles, um aparato imponente e... cheio de falhas: a memória nem sempre funciona , a capacidade de calculo é limitada e, definitivamente, não adaptados às exigências do mundo moderno” Este é o tema central do livro e comecei a pensar sobre o barato do cérebro humano não está na capacidade de calculo ou armazename