IMPRESSÕES
Bem, quando terminei de
ler ECCE HOMO( Eis o Homem) fiquei com medo de comentar, já que não sou um
especialista em filosofia e não queria me passar por um indivíduo sem noção que
lê só um texto e se acha O ESPECIALISTA no assunto. Mas, preciso escrever o que
entendi e sempre estarei aberto às críticas construtivas. Também, porque não
posso falar de Nietzsche? Tenho consciência que ainda tenho muito que
compreender sobre seus escritos e quem sabe, através das minhas primeiras
impressões, encontro outras fontes e caminhos.
Antes deste livro, li
há muito tempo O Anticristo e ao ler ECCE HOMO complementou algumas ideias que
tive, quando li o outro. Não posso me esquecer de que estou lendo O Viajante e
Sua Sombra do mesmo autor. Em ECCE HOMO, Nietzsche faz uma autobiografia e
comenta sobre suas obras, explicando-as sobre o momento que as escreveu e o que
estava passando.
Pelo que entendi dos
dois livros que li e do que estou ainda lendo é que Nietzsche busca a
autenticidade e não quer reproduzir valores de sua sociedade sem questionar.
Para ele, a moral não é um fato, mas um ponto de vista. Logo, não existe a
verdade absoluta, pelo contrário. Discute sobre o livre-arbítrio, questiona se ela existe realmente e se na verdade não passa de um princípio dirigido pela moral
vigente. Também, o cristianismo com seus valores fazem os indivíduos se
tornarem tolhidos e sem capacidade de pensar.
Ele é contra o
idealismo da Modernidade, porque a pessoa deixa de viver as pequenas coisas da
vida para percorrer a estrada impossível da “perfeição”.
“51-
SABER SER PEQUENO
Perto
das flores, da erva e das borboletas, devemos saber abaixar-nos à altura de uma
criança que mal as ultrapassa. Mas nós, de idade, crescemos acima dessas coisas
e devemos nos curvar até elas; creio que a erva nos odeie quando confessamos o
amor que temos por ela. – Aquele que quiser tomar parte em todas as coisas boas
deve também se dispor a ter horas em que é pequeno.”
( O Viajante e Sua Sombra)
E o mais importante que
aprendi foi que, para ele, ser forte é superar as fraquezas. Nietzsche disse
que quando estava doente, tornou-se um indivíduo melhor. Através do sofrimento,
voltou-se para si para encontrar a força e se superar. Isso que é ser
Super-homem.
Enfim, há várias
passagens que não entendi, mas foi bom exprimir minha cabecinha para
entendê-lo. Assisti a um vídeo da Vivia Mosé, o qual me ajudou bastante. Quando terminar o Viajante e a Sombra,
tentarei escrever alguma coisa, ou não...
Especial Nietzsche -
Viviane Mosé - Café Filosófico (Exibido dia 29.03.2009)
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