Noites brancas de Fiódor Dostoievski( 1848) ( Texto antigo)
É
uma breve história que mostra a beleza de um fugaz caso de amor. Um jovem
sonhador e solitária vaga pelas ruas de São Petersburgo e encontra uma jovem,
que chora perto de um canal de águas turvas. Em quatro noites, tornam-se amigos
íntimos até um desfecho triste.
Um
dos aspectos interessante que considero no livro é a relação do protagonista
com a cidade e de como os centros urbanos tornam as pessoas solitárias; havendo
a incomunicabilidade. Apesar disso, existem um romantismo e uma esperança em
mudar o mundo cimentado e frio. O protagonista vive a sonhar e a delirar, logo
é considerado um louco ou alienado ao racionalismo da sociedade ocidental.
Mesmo marginalizado, diferente de do personagem principal Ródion Románovitch
Raskólnikov de Crime e Castigo do mesmo autor, ele não deixa a amargura o
dominar e ainda tem esperança:
“
Meu Deus! Um momento de felicidade! Sim! Não será o bastante para reencher uma
vida?”
Achei
o livro muito atual e reafirma que Dostoiésvsky foi um dos precursores da
literatura contemporânea.
Noites
brancas é uma narrativa sucinta e se mostra uma grande obra literária. Enfim,
evidencia que tamanho não é documento. Desculpa pelo clichê, mas, por enquanto,
não tenho outras palavras para definir o relato que pode ser um conto longo ou
uma novela curta.
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