Até nos delírios há indícios da realidade
Antes
de postar o vídeo, gostaria de explicar os motivos, já que nunca tive a
intenção de promover no meu espaço virtual qualquer tipo de conteúdo que
deboche ou humilhe pessoas simples ou com algum tipo de problema tanto físico,
emocional e mental.
O
que achei interessante neste vídeo foi a criatividade da mulher ao contar uma
história cheia de reviravoltas sobre não querer mais atuar em novelas e como
fez para se vestir nas personagens, inclusive da protagonista da telenovela
mexicana Rubi.
Almejo
mostrar como a diferença do artista e de outro indivíduo está que o primeiro
viaja na imaginação, mas, retorna para o plano racional com a finalidade de
tornar plausível aos expectadores suas ideias e inspirações, enquanto o outro
muitas vezes não retorna. Logo, imerge nas profundezas da imaginação,
tornando-se incompreensível aos outros. Todavia, até nos delírios há indícios
da realidade e seus significados.
Se
puderem, façam um exercício de imaginar que a mulher do vídeo fosse uma atriz
interpretando um roteiro, com certeza terão outro olhar em relação à cena.
O
que achei interessante foi o discurso imaginativo da moça, evidenciando que
todos nós podemos imaginar histórias, porém o que nos diferencia do artista é a
técnica para tornar plausível a nossa arte.
Não
se pode deixar de lembrar que existem terapias que se utilizam da arte para
ajudar pacientes com problemas psíquicos e psiquiátricos. Muitos “loucos”
tornam-se artistas muito criativos como, por exemplo, Arthur Bispo do Rosário
dito louco por alguns e gênio por outros, a sua figura está inserida no debate
sobre o pensamento eugênico, o preconceito e os limites entre a insanidade e a
arte no Brasil. A sua história está inserida inclusive à da Colônia Juliano
Moreira, instituição criada no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX,
destinada a abrigar aqueles classificados como anormais ou indesejáveis
(doentes psiquiátricos, alcoólatras e desviantes das mais diversas
espécies).(https://pt.wikipedia.org/wiki/Bispo_do_Ros%C3%A1rio)
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