Mensagem ao vento
Nossa
vida é curta, curtíssima; é breve, brevíssima; é como um raio, um quase
imperceptível lampejo de luz, entre duas eternidades de trevas. Pode ser
comparada a uma ligeira observação inserida entre dois parênteses em
determinada sentença. Se pertinente ou não, se valiosa ou inútil, se
explicativa ou obscura, dependerá só de nós. Dependerá dos valores que
cultivarmos, dos pensamentos e obras que criarmos e de nossas ações. Por mais
que se queira, não há como fugir dessa incômoda realidade. Octávio Paz tratou
desse tema, nestes versos do poema “Certeza”:
“Se é
real a luz branca/desta lâmpada, real
a mão
que escreve
são
reais
os olhos
que vêem o escrito?
De uma
palavra a outra
o que
digo se desvanece.
Eu sei
que estou vivo
entre
dois parênteses”.
Preenchamos,
pois, este brevíssimo intervalo do texto da nossa existência com atos e fatos e
feitos de grandeza e de amor. É só o que podemos e o que nos compete fazer.
Pedro J. Bondaczuk
Blog do
autor: http://pbondaczuk.blogspot.com.br/
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