Histórias de cronópios e de famas de JÚLIO CORTÁZAR



O livro se divide Manual de instruções, Estranhas ocupações, Matéria plástica e Histórias de cronópios e de famas.

As instruções abordam como se deve chorar ou cantar, ou, a maneira de ter medo. Também, como compreender quadros célebres e como exterminar as formigas em Roma.

A família da rua Humboldt, em Buenos Aires, insere no capítulo das ocupações estranhas. É uma família que trabalha unida em fabulosas tarefas como, por exemplo, construir um patíbulo no jardim em frente da casa.  Adotar o comando de uma agência de correio e oferecer balões coloridos como brindes aos compradores de selos.

O outro capítulo esclarece, por exemplo, sobre a maravilhosa aventura de cortar uma pata de aranha e mandá-la pelo correio ao ministro do Exterior.

Já em Histórias de cronópios e de famas, os textos parecem fábulas e que explicam as diferenças entre os famas, cronópios e os esperanças.

Os famas são seres acomodados, criteriosos, dados ao cálculo, e embalsamam suas recordações.

Os cronópios sentem por eles uma compaixão infinita. São seres estranhos, sensíveis e voltados para a poesia.

 Além dos cronópios e famas, existem também as esperanças, que são sedentários e não têm expediente para nada.

“TARTARUGAS E CRONÓPIOS
Agora acontece que as tartarugas são grandes admiradoras da velocidade,como é natural. As esperanças sabem disso e não ligam. Os famas sabem e caçoam. Os cronópios sabem e cada vez que encontram uma tartaruga, puxam a  caixa de giz colorido e na lousa redonda da tartaruga desenham uma andorinha.”

Nessa historinha mostra muito bem a diferença entre famas, esperanças e cronópios.

Enfim, o livro é composto de pequenos relatos ou contos que mostram outros olhares do cotidiano e da vida. Há o fantástico para mostrar que o mundo em que vivemos não é certinho, pelo contrário, existem paradoxos e o inexplicável.

Não se pode esquecer que o livro é repleto de ironia de humor, para quebrar a chatice das convenções sociais e do cotidiano.


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