PARECE QUE TUDO SE DILUIRÁ NO AR( Crônica antiga)
A professora da faculdade me emprestou uma monografia, para eu ver como se escreve. Quando comecei a ler, algo chamou a minha atenção: “construção do conceito de infância”. Lembrei-me que sempre escutei na faculdade, que a nossa realidade é construída por nós mesmos. Criança, mulher, biografia e a minha identidade não passam de conceitos formados a partir de um grupo social. Por coincidência, estava a ler A PAIXÃO SEGUNDO G. H.( Clarice Lispector) que discutia a dialética da vida humanizada X o vivo. A personagem se transporta ao mundo vivo que antecede ao humanizado, quando viu a massa branca da barata morta. Fico inseguro; tudo que conheço parece ser frágil e que se diluirá no ar. Queria tanto acreditar nas verdades absolutas, é tão mais cômodo.
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