ZORBA O GREGO ( 1964)
Depois
de assistir ao filme, comecei a pensar que o conhecimento dos livros não basta
para compreender o mundo, mas, viver é preciso também. O encontro inesperado entre o grego Zorba e o
escritor britânico mostra como o segundo mesmo com todo seu conhecimento acadêmico,
não conseguia compreender certas coisas, os quais o primeiro conhecia
intuitivamente.
Então,
comecei a pensar que um artista em geral além do saber formal precisa viver
simplesmente e ser intuitivo. Por exemplo, lógico que um escritor necessita de
um vocabulário rico e conhecer as normas gramaticais, para tornar seus textos consistentes
e coerentes. Entretanto o que adianta manuscritos perfeitos se não passam
emoção? Um escritor é um contador de história e, além da técnica, precisa de
estímulos externos. Adquirir experiências, compartilhando-as com os outros,
como os seus ancestrais faziam: Os contadores de histórias que narravam aventuras
ao redor da fogueira para várias pessoas.
Outros
aspectos que achei interessante, é que mostra que mesmo em um povoado distante,
existe violência, principalmente, contra o diferente. Uma viúva que não queria
sair com ninguém sofre preconceito por causa disto e todo povoado se voltou contra
ela. E quando uma senhora, uma velha prostituta francesa, ficou doente e faleceu
o pessoal do povoado entrou para saquear.
O
filme expõe a grandiosidade de viver e de como seu lado grotesco chega a ser
absurdo. Apesar dos acontecimentos ruins, precisa-se seguir em frente, já que a
vida não para.
Zorba
foi testemunha disso tudo. Ao invés da depressão, decide aproveitar o momento
de cada vez, apesar das derrotas. Ensinou
ao escritor britânico a fazer o mesmo, que percebeu que aquele grego de
aparência humilde lhe ensinou muito mais sobre a vida do que seus livros.
***
O
filme foi inspirado em um livro, irei adicioná-lo na minha lista.
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