PSICOSE
Desde menino sempre
ouvi sobre o filme. Vi várias releituras em novelas e os adultos sempre me
contaram a história. Logo, mesmo nunca ter assistido ao filme, ele entrou no
meu imaginário e a cena da jovem mulher oura esfaqueada povoou minha imaginação.
Agora, assisti-o pelo Netflix e percebi como ele é atual, pois aborda sobre a
psique humana.
A cena de abertura,
quando mostra uma panorâmica da cidade e em seguida dá um close numa janela
mostrando dois amantes, lembrou-me os quadros de Edward Hopper, inclusive,
quando assisti janela Indiscreta, percebi a mesma coisa. A obra de Hopper
demonstra a solidão urbana e a incomunicabilidade entre as pessoas, tornando-as
de certa forma sozinhas. Aí, descobri
que Hitchcock projetou a misteriosa casa dos Bates, depois de ver a pintura de
Hopper, finalizada em 1925. Inclusive, considerou o personagem de Anthony
Perkins, Normam Bates, como uma pintura viva de Hopper( uma figura isolada).
A atualidade do filme
está na questão de como o ser humano pode ser frágil e cair na própria
armadilha que ele próprio produz e que o indivíduo pode ser fragmentado até no
nível patológico, como no caso da psicose. Na época que o filme foi feito a
loucura não era muito discutida, se hoje em dia ainda é tabu, imagina na época
em que a película foi rodada.
Sei que não estou
dizendo nenhuma novidade, mas, é um tipo de filme que me fez pensar se eu me
conheço realmente ou estou interpretando um papel superficial e que é preciso
escarafunchar os porões e os sótãos que existem no meu interior para saber o
que sou capaz ou não de fazer.
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