CONSCIÊNCIA DOS RISCOS
O que aconteceu nas eleições foi um banho de água fria para
muita gente, principalmente, para classe artística que ajudaram na divulgação
de #elenão e #elenunca.
Posso estar equivocado, mas, mesmo que haja artistas intelectuais e
conhecedores da realidade brasileira, muitos não têm contato com o que está
fora da bolha deles.
Quando fui à manifestação do #elenão e
depois na Parada LGBT, fiquei encantado com a multidão de pessoas e achei que o
país e o mundo estavam se transformando. Contudo, percebi estar numa bolha
muito frágil e, ao sair dela, entramos no arcaico.
Além do que mencionei antes, há um anacronismo. Vivemos conectados o tempo
inteiro e ao mesmo tempo, desconectados, não há uma verdadeira comunicação
entre as pessoas. Inclusive, tenho a impressão de que o passado, presente e o
futuro se misturam. Por exemplo, jovens que sabem mexer em celulares de última
geração e reproduzem ideias antiquadas e preconceituosas. Há tecnologia,
mas, faltam educação e pensamento reflexivo.
Lixo de informações e fake news invadem as redes sociais. Todos ficam perdidos
e não há tempo para assimilar, consomem com verdades absolutas. Não pesquisam e
nem checam as fontes.
Por isso, a ideia de que existem vários mundos paralelos se intensifica na
minha mente. Precisa ter cuidado de considerar sua bolha representa o país.
Existem outras que apesar de parecidas vivem em outros interesses e o que você
fala, para eles, não possui sentido nenhum.
O texto pode estar confuso e peço desculpa, estou tentando
organizar os pensamentos. Só desejo dar um conselho. Cuidado na hora de se
expressar, quando for sair de sua bolha. Será um alienígena lá fora.
Não estou falando para ninguém se calar ou fugir. O que quero argumentar é para
ter cuidado e noção, para fazer as coisas sem ser ingênuo. Muitas vezes, não
lhe darão credibilidade.
A diversidade é maravilhosa, no entanto, tem o outro lado da
moeda, o abismo. Almeja se jogar, tenha consciência dos riscos.
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