CONCLUSÃO, NÃO FUI CAMINHAR
"A
violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma
derrota."
Jean-Paul Sartre
http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_violencia/
Aqui
perto de casa ouço tiros de armamento pesado, parece que estou em uma zona de
guerra. Este fato de perceber que meu direito mais fundamental da constituição(
o direito de ir e vir) está sendo restringido, sinto uma sensação de desolação
e abandono. Conclusão, não fui caminhar.
Tenho
a consciência que meu relato não tem nada de especial e inovador, na verdade,
agrega-se a muitos outros. Entretanto, preciso extravasar minha impotência em
relação a essa guerra cotidiana que todos nós vivemos. Os tiros continuam e
começo a ter um pensamento recorrente, que meu lar será invadido, não me refiro
ao lugar que habito e sim minha família. Até escrevi um conto curto sobre isto
por esses dias: “...Verifico as portas,
elas precisam estar fechadas para ninguém entrar, mas, os ruídos de fora
perpassam nas frestas das janelas. Tenho a sensação de que a casa está sendo
invadida. Aos poucos, eles dominam tudo. Será que nunca ficarei seguro?” http://dudv-descarrego.blogspot.com.br/2015/07/aos-poucos-dominam-tudo.html
A
violência não afeta somente as vítimas, inclusive, atingem as pessoas que
convivem com as notícias sobre ela e vão criando um medo descomunal de sair de
casa. Logo, tornam-se prisioneiras de si mesmas em fortalezas imaginárias, já
que a tal segurança cem por cento não existe.
Pois
é, o mundo é absurdo e o que se dever fazer é sobreviver a ele com seu melhor e
pior. Precisa-se ter consciência disto e saber lidar com as adversidades.
Os
tiros continuam... Tomara que não haja vítimas inocentes nesta guerra nebulosa.
Boa noite e que todos fiquem bem!
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