DIGRESSÃO
Foto tirada do celular
Quando
a morte chega perto da gente, descobre-se que nada é eterno, tudo está em
mudança. Não adianta berrar de raiva, a vida e a morte são a mesma coisa e
sempre será o grande mistério que os homens desejam desvendar a qualquer custo. Não adianta isso, pois a cada conquista, surgem mais enigmas. Vivemos em várias camadas de realidades
e tudo que conseguimos é encarar esse turbilhão através de janelas estreitas. Por
isso, procuro não cair na discussão pobre sobre Ciência e Espiritualidade e com
suas explanações retóricas bastante chatas. Preciso é sentir o vento no meu
rosto( sei que já repeti esta imagem várias vezes), olhar as
flores e o sol nascer. Aproximar-me do
grande mistério, mas quero não pensar e fazer parte dele.
Talvez assim me torne mais autêntico e não cópia mal feita de outros.
Caramba, já é de madrugada! Preciso me domar para dormir, amanhã tem trabalho.
Curioso que ao mesmo tempo algo é um fardo, pelo outro, torna-se salvação. Trabalhar,
sonhar, viver e escrever me desgasta em certos momentos, porém, ajudam-me a lidar com o abismo que existe dentro de mim.
Estou fazendo uma digressão, dana-se! Escrever para dentro faz bem e
mesmo que não entenda nada, depois, apago e pronto. Aí, o texto cairá no mar
do esquecimento. Há coisas que precisam ser esquecidas, do contrária a mente
explode. Não tem jeito, recortar para enxergar é fundamental para sobrevivência
de qualquer pessoa. Somos limitados em comparação ao universo. Não revisarei
esse texto, talvez vá extirpa-lo a qualquer momento. Todavia, deve ter seu
valor mesmo sendo efêmero, como cada chama de vida que se apaga em um canto
deste vasto mundo.
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