Fahrenheit 451 de Ray Bradbury (1920-2012)




“A temperatura de um livro se inflama e consome.”

Assisti ao filme anos atrás e gostei da história de outra realidade em que os bombeiros não apagavam fogo com jatos de água, mas usavam de fogo para queimar livros. O romance apresenta um futuro em que os livros são coibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy Montag, trabalha como "bombeiro" O número 451 é a temperatura (em graus Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus Celsius.

Hoje, terminei de ler o livro e realmente é um romance muito atual, por mostrar como a vida é a absurda se analisar a “História da Humanidade”.

Não vou resumir a história e sim falar do elemento fogo e dos diferentes prismas que a narrativa abordou.  O fogo que destrói o que atrai( inclusive por suas chamas) e que faz a pessoa imaginar outras histórias ou lugares e o que aquece no frio.

Na história, o livro é um fogo que faz as pessoas transcender, por isso se precisava do fogo para destruí-lo. Ao longo de nossa vida, quantos livros foram destruídos. Em Fahrenheit 451, a literatura é um veneno terrível para uma sociedade consumista, fria, eufórica e que só quer assistir programas televisivos sem refletir. Os livros significam a memória histórica e que mostram como a gente sempre repete os erros de nossos antepassados.

Fahrenheit 451 não deixa de ser uma homenagem para a literatura. Pois mostra que uma pessoa que não lê vira massa de manobra, incapaz de ter pensar por conta própria. Enquanto, uma pessoa que repousa os olhos numa folha escrita, torna-se mais sensível e reflexiva.

Como já escrevi no face... Quero ler não para ser culto, mas para me transformar em um ser humano melhor. A literatura e a arte em geral ajudam a enxergar o mundo. Pois, aumentam nossa capacidade de olhar. Em minha opinião, Fahrenheit 451 almeja mostrar como os conhecimentos através dos livros ajudam  o mundo, tornando as pessoas mais livres.


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