EM BUSCA
Na última quinta-feira, estava na condução quando ouvi uma discussão de dois passageiros que se encontraram de repente na van.
O assunto era sobre a burocracia para pegar o seguro de vida, quando acontece um acidente de carro. Mas, ao prestar a atenção, nesse conflito banal, encontrei muitos fatos escondidos nas entrelinhas. Ele é um cara sonhador que nunca se achou na vida, talvez ou nunca terminasse nada que começou. Seu olhar é de uma pessoa triste. Ela quer ser ouvida e respeitada. Negra, com muito esforço fez duas faculdades e precisa lutar o tempo todo para ser respeitada. Realmente, deve matar um leão por dia, já que o Brasil é um país preconceituoso.
O bate-boca não era só entre os dois, a discussão era com a sociedade, que muitas vezes exclui o diferente. Logo, houve um labirinto de imagens e sensações que produziu a projeção de experiências naquele conflito aparentemente normal.
Vivemos nesse labirinto em busca da identidade e encontrar nosso espaço no mundo.
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