Hawaii
Por esses dias, minha amiga A. me indicou este filme
e até algumas críticas sobre ele. Por coincidência, encontrei-o no youtube. ( Detalhe,
fui ver se conseguia o link, mas, o youtube apagou.)
Mesmo não dublado e com a legenda em inglês, pude
perceber como o filme tem uma delicadeza fantástica, saindo um pouco do lugar
comum de hoje em dia. A interpretação minimalista dos dois atores revela a
tensão sexual, o amor que os personagens sentem e o regaste das lembranças da
infância dos dois.
Não sei se isso é relevante, mas achei interessante
a aparência comum dos dois atores, não são malhados. Acho que este fato torna o
filme mais natural, inclusive, nas cenas eróticas. Como se mostrasse uma sensualidade
mais pura e menos "fabricada". Lembrei-me um pouco do filme
brasileiro Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, porque ambos são sutis e pueris na
forma como abordam o amor.
Enfim, gostei muito da indicação da minha amiga A.,
aprecio boas histórias e que fogem dos lugares comuns como a erotização em
demasia e a estetização da violência.
Fugindo um pouco do assunto, na verdade, considero
que usar a arte de forma panfletária enfraquece a obra como um todo. Tudo bem
que a arte pode trabalhar com a política ou a questão de gêneros, mas quando
fica "panfletário" e maniqueísta torna-se chata e desinteressante,
para mim. Gosto de narrativas que se aproximam da realidade, inclusive,
mostrando como somos universos dentro de um universo maior.
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