Sem ânimo de sair
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Em
todo lugar no mundo existe a hora do rush, mas, onde vivo, chega a ser o
inferno: Conduções lotadíssimas e um empurra empurra danado, desafiando a lei
da física de que dois corpos NÃO ocupam o mesmo espaço. ( E na Kombi, onde o
banco cabe três pessoas e os motoristas falam que são quatro. Nem se pode
reclamar, estamos à mercê deles, já que sem eles o percurso ao trabalho ou para
casa torna-se mais longo...)
Disseram
que com os BRTS, o transporte público melhoraria, porém, não percebi nada
disso. Diminuíram os ônibus antigos com a finalidade de concentrarem nas
estações de BRT. Mesmo que seja mais rápido, por não pegar trânsito, as filas
são quilométricas. Fica-se a espera por horas para ir sentado ou se lança à
multidão, sofrendo empurrões e xingamentos.
Em
pleno final de semana para ir a Madureira, passei o maior sufoco. Fiquei tão
chateado, pois, está complicado sair de casa, principalmente, às pessoas que não
têm carro. Ainda acho que as políticas públicas para o transporte coletivo visam
somente à fluidez do trânsito e não aos usuários de ônibus, metrôs e trens. Se
realmente existisse um transporte público de qualidade, não haveria tantos
carros particulares na rua( Todavia, não seria interessante para as montadoras
e as concessionárias...).
Além
da questão dos horários, finais de semana e feriados que é impraticável arrumar
condução. Vários brasileiros precisam dormir ao relento, porque não tem como
voltar para casa. Pior, isso não só acontece no interior, mas nas grandes
cidades do país.
Realmente,
estou cansado e sem ânimo de sair de casa.
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