FILME DRIVE 2011





“Durante o dia um motorista (Ryan Gosling) trabalha como mecânico e dublê em filmes de Hollywood, enquanto que à noite ele presta serviços para a máfia. Ele é vizinho de Irene (Carey Mulligan), que é casada e tem um filho com Standard (Oscar Isaac). Percebendo a situação difícil de Standard, que saiu há pouco tempo da prisão, o motorista o convida para realizar um assalto. Só que o golpe dá errado, o que coloca em risco as vidas do motorista, Irene e seu filho.”

Ao ler somente a sinopse do filme, pode-se pensar que é mais uma história de ação e com várias cenas clichês de manobras radicais de carro. Mas, o roteiro do filme se utilizou de elementos tradicionais de histórias de ação, fazendo uma nova abordagem no filme. Tornando-o mais humanizado. 
O enredo valoriza muito mais a construção dos personagens. A trilha sonora, para mim, leva ao clima muito mais reflexivo, contrastando com as trilhas de filmes de ação convencionais. 

O protagonista( o motorista) é um homem solitário. Em seu carro, atravessa um labirinto de ruas. Ninguém sabe sua origem, aparece de repente. Aparentemente é contido, mas através do olhar transborda emoções. Principalmente nas cenas com Irene e o filho dela, através de discretos gestos mostra afeto e amor por eles.  Não precisa falar “ Eu amo vocês”, mostra com atitudes. 


A solidão urbana dos personagens é avassaladora. Curioso, as grandes cidades há tanta gente, porém não existe muitas vezes um diálogo, muitas pessoas tropeçam por aí. 

Drive coloca essas questões e a busca de encontrar um lar. Por isso, ficou mais interessante e mais instigado sobre o protagonista. Qual era sua origem? Quantos indivíduos vagam por aí, como fantasmas pela noite em busca de amor.


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