Este blog será um espaço para eu tentar desenvolver meus argumentos e um exercício para escrever crônicas e ensaios, já que tenho muito dificuldade em elaborar estes gêneros. Não sou um bom articulista. Também, republicarei textos antigos, na tentativa de melhorá-los.
Discurso do ódio
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O discurso do ódio é prazeroso como uma droga.
Aniquilar com aquilo que não concorda é tão mais fácil. chegar ao gozo.
Diferente do discurso da tolerância, que é muito trabalhoso.
Precisa dialogar com o outro.
Hoje, li este conto e fiquei mais uma vez abismado com a sabedoria de Machado de Assis. Ele tem um conhecimento profundo da vida e passa esta sabedoria na sua literatura. Um homem por acaso encontra um canário numa loja de belchior, um lugar que só tem objetos velhos e sem utilidades. No meio de tanta quinquilharia, ele encontrou um canário cheio de vida numa velha gaiola. A partir do encontro do homem com o pássaro, Machado mostra questões filosóficas e existenciais do ser. O homem ficou surpreso, quando o canário disse que seu mundo era: “O mundo, redargüiu o canário com certo ar de professor, o mundo é uma loja de belchior, com uma pequena gaiola de taquara, quadrilonga, pendente de um prego; o canário é senhor da gaiola que habita e da loja que o cerca. Fora daí, tudo é ilusão e mentira.” . Então, ele comprou o canário, para estudá-lo e mostrar para a ave outras definições de mundo. Machado reafirma mais uma vez sua maestria, quando o homem ficou doente, o canário fugiu e n
Gosto muito de contos, não pelo motivo de serem curtos. Uma boa narrativa curta através da síntese mostra um pensamento ou um fato até então desconhecido. Neste conto de Clarice mostra como uma notícia da descoberta de uma mulher pigmeu e grávida foi repercutida nas famílias e pelo pesquisador que a descobriu. Ao longo da narrativa, os assuntos sobre o amor, a felicidade e a solidariedade são questionadas. Principalmente, o que é o certo ou errado. No primeiro momento todos a consideravam um brinquedo, uma pobre coitada, um animal ou uma descoberta científica. O conto não deixa de fazer uma crítica a nossa sociedade, onde nos consideramos pessoas evoluídas e “caridosas” em relação. A sempre dialética ente a Civilização(eu) X a Barbarie (o outro). “Há um velho equívoco sobre a palavra amor, e, se muitos filhos nascem desse equívoco, tantos outros perderam o único instante de nascer apenas por causa de uma suscetibilidade que exige que seja de mim, de mim! que se goste, e não de
Narra a história de uma adolescente comum, que apesar de seu cotidiano de estudante, possuía algo intocado e misterioso, tornando-a preciosa: “De manhã cedo era sempre a mesma coisa renovada: acordar. O que era vagaroso, desdobrado, vasto. Vastamente ela abria os olhos. Tinha quinze anos e não era bonita. Mas por dentro da magreza, a vastidão quase majestosa em que se movia como dentro de uma meditação. E dentro da nebulosidade algo precioso. Que não se espreguiçava, não se comprometia, não se contaminava. Que era intenso com uma jóia. Ela.” A jovem de quinze anos não queria ser observada, desejava manter sua preciosidade intacta, inclusive dos olhares masculinos. É a princesa de seu mundo interior, apesar das transformações de seu corpo que gritava nela, deixando-a desajeitada. Sentia-se feia, apesar de ser valiosa. Um dia, quando saiu para ir à escola algo aconteceu. Dois rapazes a agarraram: " (..) foram quatro mãos que não sabiam o que queriam,
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