A CASA DAS FLORES (La Casa de las Flores), série mexicana da Netflix
A história é uma comédia dramática que aborda questões como preconceitos, hipocrisias da sociedade, além, de discutir levemente sobre a sexualidade. Há uma crítica de como a corrupção está impregnada na cultura, inclusive, na elite latino-americana. E tudo começa a revelado, quando algo trágico acontece na comemoração do aniversário do patriarca da família.
A matriarca da família não era tão
bela, recatada e do lar; o patriarca, infiel. A filha mais velha se divorciou
do marido, ele se tornou uma mulher trans; a do meio, ficou noiva de um americano negro, causando
certo mal estar na família. O caçula tinha uma noiva de aparência e, na
verdade, mantinha um caso com um homem mais velho, o qual trabalhava para família do
rapaz. Ele era bissexual e um
jovem que só desejava seduzir e
ser seduzido, mesmo apaixonado pelo
amante.
Achei linda a entrada da série,
remeteu-me a uma pintura surrealista e as cores eram bem vibrantes, uma obra de
arte.
Bem, agora só uma questão subjetiva
minha e que não interfere nada na série. Percebi algo parecido com o Brasil, na
série, a maioria dos atores é branco europeu, com uma estética eurocêntrica.
Fiz uma pesquisa rápida: “A populaçãomexicana é formada em sua maioria (60%) de mestiços de brancos deorigem hispânica e índios, 29% são índios e 11% de brancos de outras regiões europeias.O México é o país mais populoso onde a língua oficial é o espanhol e também sãofalados mais de 50 dialetos indígenas. Como acontece na maior parte dos paísesamericanos a religião que predomina no México é a católica (89%).”.
Logo, relacionei com as produções televisivas
brasileiras, no caso recente, a novela Segundo Sol que se passa numa Bahia
branca, parecendo que o estado fica na Bélgica e não no Brasil.
O interessante que ao pesquisar um pouco da série mexicana no
You Tube, encontrei filmes mexicanos de
comédia romântica e o elenco era
grande parte branca. Diferente,
de certos filmes da mesma nacionalidade que
expunham a realidade social mexicana, mostrando a cara do povo mestiço em sua maioria. O mesmo acontece
com aqui no Brasil, que é a falta de representatividade nas produções
artísticas ditas comerciais das “minorias” que constituem
a grande parte do povo. Existe, talvez, um paradoxo de a série abordar assuntos
sobre a sexualidade e não tocar no tema da desigualdade social.
Voltando à série... Em meu ponto de vista, a séria
é uma homenagem às novelas mexicanas, também. Existem elementos do melodrama e
reviravoltas. Uma carta que destrava
todos os segredos da família. A atriz Verônica Castro, que interpreta a matriarca
da família, participou de várias novelas no México. Duas foram exibidas no SBT, Rosa Selvagem e os Ricos Também Choram
Por fim, recomendo a série e estou a esperar da
segunda temporada. Pois, ficou alguns pontos em aberto e quem sabe na segunda temporada haverá um desfecho para a história dos personagens.
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