Reflexões que tive, depois, de assistir ao filme Una...




Pois é, fiz o vídeo aos trancos e barrancos e não deu para escrever  a crônica devido a certos problemas técnicos.  Agora, tentarei desenvolver  pela escrita, minhas reflexões. 

Antes de qualquer coisa, não pretendo fazer uma análise crítica do filme e nem uma resenha. O objetivo  do texto é desenvolver os pensamentos que tive, ao término do filme. 

O resumo básico: Uma jovem vai ao encontro do ex-vizinho bem mais velho para confrontá-lo. A partir daí, por meio de flashbacks conta o romance proibido  que os protagonistas  tiveram, na época ela tinha treze anos. O término  foi bem traumático. 

Bem, chego ao ponto que almejo desenvolver, a questão  do ABUSO. Em muitas ocasiões, o abuso não só se manifesta pela violência, pelo contrário, a sedução é outra forma de molestar o outro. Principalmente, um menor de idade que não tem tanto conhecimento e defesas como o adulto. O adolescente é impulsivo, além da explosão  de hormônios  e com a descoberta da sexualidade, retamente, ele pode se sentir atraído por um adulto. Entretanto, cabe o adulto a ser ético, ponderando a situação. Nunca, ele poderá  usar seu conhecimento de vida para manipular um indivíduo que está em formação. 

Existem casos  jovens de experimentarem uma forte identificação com professores, psicóloga e técnica. Confundem está sensação com desejo ou amor. Porém, o profissional ético lidará com a situação da melhor forma possível, sem prejudicar o menor que está passando pela situação. 

No caso do filme, mesmo que o vizinho mais velho não se enquadre no perfil  de um pedófilo clássico, ele a molestou sim. Conquistou a confiança dela e a enredou para satisfazer seus prazeres. Deveria ter evitado a situação e buscado ser mais ético. 

Em seguida, comecei a pensar sobre as últimas notícias, inclusive,  a do Caetano Veloso. O cantor foi acusado de ser pedófilo por ter ser envolvido com Paula Lavigne, que na época  era menor de idade. Daí, surgiu outra reflexão. Será  que todos os indivíduos adultos que se relacionam com jovens são pervertidos? Por exemplo, no caso de Caetano e Paula Lavigne, eles se casaram e tiveram filhos. Vivem muitos bem e se respeitam. Lembro-me que quando estava no ensino médio, tinha uma colega que namorava um homem bem mais velho, ela tinha dezesseis ou dezessete, e parecia que a tratava com respeito e zelo, também. Cada caso é um caso e julgar sem dar importância a essas circunstâncias, pode ser muito perigoso, porque pode destruir a vida de uma pessoa. Outro fato, quem me garante que indivíduos da mesma idade podem ser abusivos e molestar companheiro da mesma geração? 

Não quero relativizar em demasia. Há a lei que define crimes de violência contra a criança e adolescência, a qual é fundamental às necessidades básicas dos indivíduos que ainda não sabem se defender e ainda estão em formação. Portando, é fundamental o adulto chamar a responsabilidade para si. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Idéias do canário-Machado de Assis

A Menor Mulher do Mundo de Clarice Lispector

Preciosidade, conto de Clarice Lispector