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Mostrando postagens de agosto, 2012
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O ESTRANGEIRO, ALBERT CAMUS

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Ao terminar de ler o livre, senti-me estranhamente vazio. Até agora não sei como escrever as palavras certas sobre a história de Mersault, que leva uma vida ordinária e ao receba notícia da morte da mãe, não esboça nenhuma emoção. Comete o crime; é preso e julgado. Tudo gratuito e sem sentido. O protagonista-narrador Meursault  vagava pela cidade e convivia superficialmente com as pessoas. Era um anti-herói muito próximo da vida real. Um homem que vive uma vida considerada insignificante e sem emoções. Se observarmos bem, encontramos muitas pessoas assim vazias de sentidos. O personagem não deixa de ser um reflexo da nossa sociedade recheada de banalidades e violência gratuita. “ Num universo repentinamente privado de ilusões ou de luzes, o homem se sente um estrangeiro.” Albert Camus, em O mito de Sísifo. Nesta citação da outra obra do autor, explicita a essência do romance. Camus através do romance mostra um ensaio de um aspecto da natureza humano que a gent

O PALHAÇO

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Realmente, quem está por trás da pintura ou da persona do trabalho? Tem angustia, raiva e medo como a gente? Sempre vemos a alegria da representação deste artista particular cheio de cor e retalhos, entretanto, muitos se esquecem do indivíduo. Nesse filme não conta só a história de dificuldades e alegrias de um grupo de circo que atravessa o país, mas a busca do protagonista encontrar seu lugar no mundo e de se encontrar como indivíduo. Benjamim atuava com o pai e apesar de gostar do convívio com todos os artistas do circo, sentia-se melancólico. Parecia estar à sombra do pai. Então, vai embora para se descobrir e tem uma revelação... Não contarei a história toda. Confesso que o filme foi uma grata surpresa. Não pela história em si, mas como foi produzida a película. A narrativa do filme é linear e conta uma história simples e universal: “Um indivíduo que procura seu espaço no mundo.”. As fotografias, os pequenos detalhes das cenas e a construção dos personagens. 

MUDANÇA

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Excitação pelo novo. Receio do desconhecido. Entretanto quando tiramos os moveis do lugar, sempre encontramos restos arqueológicos de lembranças antigas. Reencontramos nossos eus passados. Um turbilhão de sensações e emoções nos invade. A mudança é também uma trégua para a monotonia da vida. 
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SÓ NA VONTADE Quero escrever poesias, mas não leio poesias... Quero fazer histórias em quadrinhos, mas também não leio gibis e nem sei desenhar... Quero cantar, entretanto, acho rídicos os exercícios... Quero ser escritor, mas tenho preguiça de escrever... Poxa vida, será que sou tão superficial assim, que só desejo?
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Aliens, O Resgate

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Por esses dias assisti a este filme e comei a pesar que como me equivoquei com a imagem do Aliem.  Na realidade são criaturas que só querem sobreviver. Tudo bem que usam os outros como hospedeiros, mas se não fazem isso perecerão. Se observarmos a cadeia alimentar e a vida de muitos animais da terra, praticam a mesma coisa.  É que homem constrói um mundo interpretado moralizante e coloca tudo que não é humano de mal. Observamos muito isso no cinema como nos filmes do Tubarão assassino ou quando os vilões são desfigurados. Não condeno a protagonista de o filme matar as criaturas. Ela está salvada sua pele e de uma garotinha, única sobrevivente de uns colonos que tinham ido antes para o local de expedição. Faria a mesma coisa, o instinto de sobrevivência sempre fala mais alto. Até porque não dá para falar com os Aliens, pois precisam de nossos corpos para perpetuar a espécie. Na história, a personagem além de enfrentar as criaturas, precisa lidar com a ambição humana. T

Complexidades da vida

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Sempre quando leio uma notícia sobre celebridades, principalmente e fofocas, pergunto-me o que isso me ajudará na prática? Passarei num Concurso Público? Serei uma pessoa melhor? Não consigo entender essa curiosidade mórbida que temos em relação à vida dos outros. Não tenho na haver com isso, se uma atriz famosa enganou o marido-ator-famoso com um diretor de cinema famoso e quarentão.  Isso é um assunto íntimo, mesmo que sejam “pessoas públicas” têm o direito da privacidade.  Enfim, percebo-me numa imensidão de futilidades que me tira do foco dos assuntos importantes.

A MULHER QUE ESCREVEU A BIBLÍA DE MOACIR SCLIAR

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Talvez seja um problema, mas a maioria dos livros que tenho em casa é de ficção. Adoro uma boa história e nunca me liguei de ler livros filosóficos, históricos e políticos. Meu tezão é ficção e ponto final. Neste livro, nem quis saber das fontes históricas. Devorei a narrativa que contava a história de uma mulher feia e rejeitada que procurava seu lugar no mundo. Desprezada por todos, inclusive, pelo marido: O Rei Salomão. Confesso que achei estranho quando a personagem dizia mais ou menos assim: “ Salomão está cagando pra mim” ou “ Estou cagando pros anciões” . A histórica começa com um historiador que se torna um famoso terapeuta de vidas passadas. Ao longo das sessões, fica atraído por uma paciente que lhe envia um manuscrito revelando que nas vidas passadas foi a esposa mais feia de Salomão. Ela vai embora sem deixar vestígios. “ Continuo atendendo minha clínica, mas tenho pensado seriamente em mudar de rumo, em retornar o estudo da História. Vou ganhar menos, e

ACHADOS

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Ontem ( quero dizer no sábado), fui ao CCBB para assistir à peça Raimunda Raimunda com a Regina Duarte. Bem... não foi ela quem escreveu, a peça foi escrita pelo piauiense Francisco Pereira da Silva (1930-1985). Ao entrar no espaço cultural, corri para ver se encontro um livro de poemas de uma artista polonesa Wislawa Szymborska . Encontrei-o por acaso, quando fui ver Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues no mês de abril. Teve um poema que me tocou bastante e olha que não sou de ler poemas: Agradecimento (Wislawa Szymborska) Devo muito aos que não amo. O alívio de aceitar que sejam mais próximos de outrem. A alegria de não ser eu o lobo de suas ovelhas. A paz que tenho com eles e a liberdade com eles, isso o amor não pode dar nem consegue tirar. Não espero por eles andando da janela à porta. Paciente quase como um relógio de sol, entendo o que o amor não entende, perdôo, o que o amor nunca perdoaria. Do encontro à carta não se passa uma e