Moonlight: Sob a Luz do Luar
Três etapas da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Do bullying na infância, passando pela crise de identidade da adolescência e a tentação do crime e das drogas. O protagonista é um jovem negro, pobre e gay. A mãe tem problemas com drogas e sofre bullying na escola. O único que tenta ajudar é um traficante de origem cubana.
O que achei interessante no filme, não foi a história em si, mas como ela foi contatada. Por exemplo, a delicadeza de como se tratou as cenas, sem buscar imagens apelativas de sexo e violência. A trilha sonora é linda, além da fotografia e a interpretação dos atores.
A narrativa tinha tudo para ser um filme violento e pesado. Os temas como preconceito, pobreza e marginalidade já foram discutidos em vários filmes, entretanto, Moonlight projetou um olhar novo em relação a esses temas.
Desde novo, Chiron é calado e por meio de seus silêncios percebe-se seu desespero de não encontrar seu lugar no mundo. Vaga por aí a procurar de quem realmente é.
Num lugar altamente opressivo, ser sensível é um pecado mortal. Os personagens parecem que vivem superficialmente, sem se dar conta de suas próprias individualidades. Refugiam-se nas gangues e nas drogas.
O filme é bem realista neste ponto, ao mostrar a falta da liberdade de escolha, inclusive, em ambientes pobres e marcados pela violência.
Chiron na sua travessia utiliza-se de outras identidades coma finalidade de ocultar sua verdadeira essência, para que ninguém o machuque mais. Apesar disso, a história possui certa esperança e leveza e não cai na ideia negativa sobre o mundo, como em outros filmes que abordaram os mesmos temas.
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