Há muitos anos tinha lido esse texto, mas de repente me deu vontade de lê-lo novamente. O título é ambíguo, mas ao longo da narrativa, percebe-se que não é tão surreal um banqueiro-anarquista. A história se inicia quando narrador e, também personagem, pergunta ao banqueiro se ele foi anarquista. “Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro, grande comerciante e açambarcador notável, fumava como quem não pensa. A conversa, que fora amortecendo, jazia morta entre nós. Procurei reanimá-la, ao acaso, servindo-me de uma idéia que me passou pela meditação. Voltei-me para ele, sorrindo. - É verdade: disseram-me há dias que V. em tempos foi anarquista...” Então, ele responde que ainda é anarquista e, a partir daí, começa a explicar sua lógica de por quais motivos ainda o é. Já que repudia as ficções sociais, que produzem diferenças entre os homens. Enquanto as diferenças naturais são legitimas, porque não existem subterfúgios como um indivíduo nascer numa